domingo, 28 de setembro de 2008

Em cuba, um blogue do contra

Por Deonísio da Silva em 23/9/2008


A revista Época desta semana ocupa-se do blogue da cubana Yoani Sanchéz, filóloga de 32 anos que ganhou notoriedade mundial [ver, neste OI, "Cuba me dói"].

Estela Caparelli, com fotos de Luís Matinkoski, informa que Yoani mora em Havana, num apartamento de 60 metros quadrados, com o marido, o jornalista Reinaldo Escobar, 61 anos, e o filho Teo, 12 anos.

Ela não vive de seu blogue. É guia de turismo, faz traduções de alemão e dá aulas de espanhol. Escreve à mão num caderno e depois vai a um hotel ou café que tenham computadores e acesso à internet para postar seus protestos. Paga seis dólares por hora para fazer isso.

O jornal El País, da Espanha, outorgou-lhe o Prêmio Ortega y Gasset. A revista Time já a reconheceu como uma das pessoas mais influentes do mundo.

Fidel Castro não ignorou o trabalho da blogueira. Em texto publicado no jornal Granma e depois incluído no livro Fidel, Bolivia y Algo más... Una Visita Histórica al Corazón de América Latina, ele criticou a "jovem cubana", ao reproduzir sete declarações que ela postou. E lamentou que jovens cubanos atuem como "enviados especiais para fazer trabalhos secretos e de imprensa neocolonial da antiga metrópole espanhola que os premia".

Educação, cultura e saúde

Os jovens querem mais do que seus pais e avós conquistaram para eles. Quando jovens, os revolucionários da Sierra Maestra também quiseram e por isso lideraram uma revolução popular.

Os intelectuais brasileiros têm dificuldades de escrever sobre Cuba. Ou tomam o caminho da denúncia política, ignorando as altas conquistas sociais da Revolução Cubana, ou partem para endossos irrestritos, fechando os olhos às mais óbvias limitações das liberdades, como a da imprensa.

Como alguém que lá esteve algumas vezes, quando Cuba recebia bilhões a fundo perdido da então URSS, e também depois, quando a ajuda cessou, reitero que, em geral, os problemas são mal formulados nessas críticas. Em geral, a confusão começa na abertura dos artigos, pois o caminho logo se bifurca.

Se os 48 milhões de iletrados brasileiros, para quem as liberdades democráticas de nada lhes servem, tivessem nascido em Cuba, não seriam iletrados! Não levariam balas perdidas, não precisariam transportar cocaína e maconha para os abastados, que esperam a droga no conforto de lares do primeiro mundo, em bairros chiques, não precisariam solicitar que alguém lesse ou escrevesse por eles, como a mesma revista Época mostra em reportagem magistral, de Solange Azevedo, à página 124 e seguintes. Os níveis de educação, cultura e saúde em Cuba são invejáveis, comparados com os indicadores de outros países do continente.

Coragem na denúncia

Em nome da democracia, que não resolveu problemas seculares, critica-se a ditadura cubana irrestritamente, sem considerar avanço social algum, e absolvem-se as democracias do mundo inteiro, com descabidas indulgências a problemas como a violência urbana, a péssima distribuição de renda, o rebaixamento da qualidade na educação e na cultura, a saúde para poucos, a corrupção e a roubalheira etc.

Devido à influência dos russos, muitos nomes na ilha começam com Y, como o de Yoani. É o caso do médico Yohandry Fontana, de 37 anos, que também mantém um blogue. Ele combate a conterrânea, denunciando "aqueles que dentro e fora de Cuba distorcem a realidade do país e recebem dinheiro sujo para difamar a Revolução".

Yoani morou alguns anos na Suíça. Se recebesse dinheiro sujo para difamar a Revolução, não voltaria para Cuba e não estaria vivendo como vive. É preciso prestar atenção à sua coragem e ao que denuncia.

***

P.S. Quase todos grafam blog, mas então, para serem coerentes, deveriam escrever dog e não dogue, para designar o conhecido cão de guarda, como os dicionários já registram.

FONTE: http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=504FDS001

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

O Pan ainda não acabou

O Tribunal de Contas da União (TCU) deu prazo de 30 dias para que o Ministério do Esporte apresente as prestações de contas dos diversos convênios celebrados por ocasião dos Jogos Pan-americanos a Parapan-americanos do Rio de Janeiro, realizados no ano passado.

As informações foram divulgada nesta quarta-feira (24) pela assessoria do TCU e constam de relatório apresentado ao Plenário do tribunal pelo ministro Marcos Vilaça.

Segundo o relatório, o ministério deverá enviar ao TCU a documentação referente à reforma do Complexo Esportivo do Maracanã, do Parque Aquático Maria Lenk, da pista do Velódromo, bem como das obras de infra-estrutura da Vila Pan-americana, entre outros. Caso haja alguma irregularidade nesses convênios, o ministério deverá comprovar se tomou as providências relativas à instauração de tomadas de contas especiais.

Ao analisar a documentação, o TCU poderá instaurar processos específicos para apurar eventuais indícios de irregularidades. Em seu relatório, o ministro Vilaça lamenta “o excessivo tempo que o Ministério dos Esportes tem levado na análise dos contratos e convênios do Pan. Essa demora embaraça o trabalho do TCU e impede o trâmite mais ágil dos processos”.

O TCU também determinou à Petrobras, à Caixa Econômica Federal e à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos que apresentem, em até 15 dias, informações relativas aos patrocínios do Pan 2007, esclarecendo quais os valores envolvidos e as fontes dos recursos.

FONTE: http://www.atarde.com.br/esporte/noticia.jsf?id=968429

Caráter de um governo

De como se revela o caráter de um governo: Furacão em New Orleans,
região de negros economicamente empobrecidos dos EUA: ajuda escassa e demorada, abandono da gente pobre à própria sorte.

Furacão na economia de bancos de gente endinheirada em New York: urgência em destinar-lhes mais de 700 bilhões de dólares para salvar-lhes da própria ganância de lucros. Mais alguma coisa precisaria ser dita sobre o caráter de um governo? Que aprendizados podemos tirar destes acontecimentos aqui no Brasil? Renda Social Mínima, aposta na economia solidária, regulamentação criteriosa do mercado financeiro, por exemplo: haverá alguma chance para idéias como essas em todos os níveis de governo, antes de furacões ainda mais potentes?

Abraço,Tarcísio.

Mensagem postada na lista do CEVCBCE pelo professor da Universidade Federal de Minas Gerais, Tarcísio Mauro Vago, em 25.09.2008

domingo, 21 de setembro de 2008

A vírgula

Vírgula pode ser uma pausa ou não.
Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

Uma vírgula muda tudo.

ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.

Detalhes Adicionais


SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.

Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.
Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Censura



Carlos Latuff, desenhista, teve sua ilustração fixada em alguns outdoors no Rio de Janeiro, censurada. A ilustração faz parte de uma estratégia de contrapropaganda que denuncia as violências e injustiças praticadas principalmente pela polícia daquele Estado.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Aniversariamos

Olá, pessoal.

Gostaria de me desculpar pela ausência. Nossa última postagem foi no dia 10 de agosto e só agora, quase um mês depois, tenho condições de retornar. Como diz o velho Marx, nós fazemos a história, mas não fazemos como queremos, elementos mediadores da realidade muitas vezes obliteram, impedem agente de fazer o que queremos realmente. Outras vezes, avançamos, vamos em frente, construindo possibilidades emancipatórias. É a dinâmica social, é o MOVIMENTO DO REAL, complexo e contraditório.

Estamos de volta.

Já fizemos aniversário. Sopramos a velinha no dia 29 de agosto com quase 11.000 (onze mil) acessos. Não é muito, sabemos, mas para um blog sem pretenções comerciais, que foge dos modelos de mensagens curtas e rasteiras, entre outros elementos que tornam um blog um "sucesso", este número é muito significativo e devemos ele a todos vocês que acessaram, leram e também fizeram comentários.

Um muito, muitíssimo obrigado pela confiança.

Abaixo, em uma outra postagem, um texto sobre Medalha de Ouro, do Fidel Castro, reproduzido na íntegra pelo sítio http://www.vermelho.org.br, reflexão extremamente pertinente para todos nós que vivemos, recentemente, a experiência das Olimpíadas.

Boa leitura e reflexão.

Para a honra, Medalha de Ouro

Fidel Castro Ruz

Se for feita uma estatística sobre o número de instalações, campos esportivos e equipamentos sofisticados por milhão de habitantes que acabamos de ver nos últimos Jogos Olímpicos: piscinas de natação, de saltos de pólo aquático; solos artificiais para disputas de campo e pista, hóquei sobre grama; instalações para basquete, para voleibol; de águas rápidas para caiaque; pistas para bicicletas de velocidade, polígonos de tiro, etc., etc., poderia se afirmar que não estão ao alcance de 80% dos países representados em Beijing, o equivalente a milhares de milhões de pessoas que habitam o planeta. A China, imenso e milenário país com mais de 1 bilhão e 200 milhões de habitantes, investiu 40 bilhões de dólares nas instalações olímpicas e ainda precisará de tempo para satisfazer as necessidades esportivas de uma sociedade em pleno desenvolvimento.

Se forem somadas as pessoas que habitam Índia, Indonésia, Bangladesh, Paquistão, Vietnã, Filipinas e outros, sem contar os quase 900 milhões de africanos e mais de 550 milhões de latino-americanos, será possível ter uma idéia das pessoas que no mundo carecem de tais instalações esportivas.

É à luz destas realidades que devemos analisar as notícias que giraram em torno dos Jogos Olímpicos de Beijing.

O mundo desfrutava da Olimpíada porque dela precisávamos, porque desejávamos ver os sorrisos e as emoções dos atletas participantes, e em especial dos primeiros lugares, que recebiam o prêmio por seu empenho e disciplina.

A qual deles poderia se culpar das colossais desigualdades do planeta em que nos tocou viver? Como esquecer, por outro lado, a fome, a subnutrição, a ausência de escolas e professores, hospitais, médicos, medicamentos e meios elementares de vida que padece o mundo!

Sabemos o que evidentemente desejam aqueles que saqueiam e exploram o planeta que habitamos. Por que desataram a violência e agravaram os perigos de guerra no mesmo dia que se iniciaram os Jogos Olímpicos? Estes acabam de decorrer em apenas 16 dias.

Agora, quando já passou o efeito da anestesia, o mundo volta aos seus angustiosos e crescentes problemas.

Dias atrás escrevi sobre nosso esporte. Vinha denunciando há muito tempo as repugnantes ações mercenárias contra essa atividade revolucionária e em defesa do valor e da honra dos nossos atletas.

Enquanto aconteciam as competições, meditava sobre estas questões. Talvez não teria tomado tão rápido a decisão de escrever algo sobre o tema se não tivesse acontecido o incidente do atleta cubano de taekwondo, Ángel Valodia Matos -campeão olímpico há 8 anos em Sidney- cuja mãe morreu quando competia e ganhava a medalha de ouro a 20 mil quilômetros de sua pátria. Assombrado por uma decisão que lhe pareceu totalmente injusta, protestou e lançou um chute contra o árbitro. Haviam tentado comprar ao seu próprio treinador, estava pré-disposto e indignado. Não pôde se conter.

O atleta costumava enfrentar valentemente as lesões que costumam ser freqüentes no taekwondo. O árbitro suspendeu o combate quando estava ganhando de três a dois. Não foi o único caso. É muito grande o poder do árbitro nesse tipo de disputa e nenhum o dos atletas. Aos dois cubanos, taekwondoca e treinador, ficou proibida a participação por toda a vida em competições internacionais.

Vi quando os juízes roubaram descaradamente as brigas de dois boxeadores cubanos nas semi-finais. Os nossos combateram com dignidade e valentia; atacavam constantemente. Tinham esperanças de ganhar, apesar dos juízes; mas foi inútil: estavam condenados de antemão. Não vi a de Correa, a qual também arrebataram.

Não estou obrigado a guardar silêncio com a máfia. Esta faz arranjos para corromper as regras do Comitê Olímpico. Foi criminoso o que fizeram com os jovens de nossa equipe de boxe para complementar o trabalho dos que se dedicam a roubar atletas do Terceiro Mundo. Em seu enfurecimento, deixaram Cuba sem uma só medalha de ouro olímpica nessa modalidade.

Cuba jamais comprou um atleta ou um árbitro. Há esportes onde a arbitragem está muito corrompida e nossos atletas lutam contra o adversário e o árbitro. Antes o boxe cubano, reconhecido internacionalmente por seu prestígio, teve que enfrentar as tentativas de suborno e corrupção para arrancar à dentadas as medalhas de ouro para o país comprando boxeadores altamente treinados e curtidos, como fazem com jogadores de beisebol ou outros destacados esportistas.

Os atletas cubanos que competiram em Pequim em vez de ouro trouxeram prata, bronze ou um lugar destacado nas competições, têm um enorme mérito como representantes do esporte amador que deu origem ao ressurgimento do movimento olímpico. São exemplos insuperáveis no mundo.

Com que dignidade competiram!

O profissionalismo foi introduzido nas Olimpíadas por interesses comerciais, que transformaram o esporte e os esportistas, como dissemos, em simples mercadorias.

Foi exemplar a conduta da equipe olímpica de Cuba no besisebol. Duas vezes derrotaram em Pequim a seleção dos Estados Unidos, o país que inventou esse esporte que por interesses das grandes empresas comerciais foi expulso das Olimpíadas. Em 2008 foi por hora seu último ano de participação olímpica.

A partida final com a Coréia do Sul foi considerada como a mais tensa e extraordinária que já aconteceu em uma Olimpíada. Foi decidida no último inning com três cubanos em base e um out.

Os jogadores profissionais adversários eram como máquinas projetadas para rebater; seu pitcher, um canhoto de velocidade, bolas variadas e precisão exata. Tratava-se de uma excelente equipe. Os cubanos não praticam o esporte como profissão lucrativa; são educados, como todos nossos atletas, para servir ao seu país. Se não for assim, a Pátria, pequena em tamanho e com limitados recursos, os perderia para sempre. Não é possível calcular sequer o valor dos serviços recreativos e educativos que ao longo de sua vida prestam à nação, em todas as províncias e na Ilha da Juventude.

No voleibol, a equipe derrotou a seleção norte-americana na fase eliminatória, vindo em ascensão do último da parte baixa de uma escada para mais de 50 degraus. Uma façanha que, ainda que regressem sem medalhas, passará à história.

Mijaín ganhou com orgulho, em difícil prova com um rival russo, a primeira medalha de ouro para Cuba.

Dayron Robles ganhou o ouro com ampla margem. A chuva ensopou a pista em chamas. Sem a umidade que ainda restava, teria podido quebrar facilmente o recorde olímpico, além do mundial que tinha imposto semanas antes no difícil e milimétrico evento dos 110 metros com barreiras. É um atleta disciplinado e tenaz com 21 anos e nervos de aço.

Yoanka González ganhou a primeira medalha cubana de ciclismo em uma Olimpíada.

Leonel Suárez, que obteve em decatlo medalha de bronze, completará 21 anos em setembro. Os resultados atingidos em cada um dos dez eventos de seu quase inacessível esporte impressionam.

São tantos os atletas com grandes méritos, homens e mulheres, que não pode ser enumerado aqui, mas que é impossível esquecê-los.

Mais de 150 atletas de nossa pequena ilha participaram na Olimpíada de 2008 e batalharam em 16 dos 28 esportes que ali se competiu.

Nosso país não pratica o chauvinismo nem comercializa com o esporte, que é tão sagrado como a educação e a saúde do povo; pratica, em troca, a solidariedade. Há anos criou uma Escola Formadora de Professores de Educação Física e Esportes, com capacidade para mais de 1.500 alunos do Terceiro Mundo. Com esse mesmo espírito solidário celebra o triunfo dos velocistas jamaicanos, que obtiveram 6 medalhas de ouro; do saltador panamenho com ouro; do boxeador dominicano com igual título, ou o das jogadoras de vôlei brasileiras que venceram avassaladoramente à equipe dos Estados Unidos e ganharam a liderança.

Por outro lado, milhares de instrutores esportivos cubanos cooperaram com países do Terceiro Mundo.

Estes méritos de nosso esporte não nos eximem nem um pouco de responsabilidades presentes e futuras. Nas disputas esportivas mundiais, pelas causas assinaladas, produziu-se um salto de nível. Não vivemos hoje as mesmas circunstâncias da época em que chegamos a ocupar relativamente cedo o primeiro lugar do mundo em medalhas de ouro por habitante, e claro que isso não voltará a se repetir.

Constituímos ao redor de 0,07% da população mundial. Não podemos ser fortes em todos os esportes como os Estados Unidos, que possui pelo menos 30 vezes mais população. Nunca poderíamos dispor nem de 1% das instalações e equipes de diversa natureza, nem dos climas variados de que eles dispõem. Outro tanto ocorre com o resto do mundo rico, que possui pelo menos duas vezes o número de habitantes dos Estados Unidos. Esses países somam ao redor de bilhões.

O fato de que participem mais nações e as disputas sejam mais duras é em parte uma vitória do exemplo de Cuba. Mas dormimos sobre os loureiros. Sejamos honestos e reconheçamos todos. Não importa o que digam nossos inimigos. Sejamos sérios. Revisemos a cada modalidade, cada recurso humano e material que dedicamos ao esporte. Devemos ser profundos nas análises, aplicar novas idéias, conceitos e conhecimentos. Distinguir entre o que se faz pela saúde dos cidadãos e o que se faz pela necessidade de competir e divulgar este instrumento de bem-estar e de saúde. Podemos não competir fora do país e o mundo não se acabaria por isso. Penso que o melhor é competir dentro e fora, enfrentarmos todas as dificuldades e fazermos um uso melhor de todos os recursos humanos e materiais disponíveis.

Preparemos-nos para importantes batalhas futuras. Não nos deixemos bajular pelos sorrisos de Londres. Ali terá chauvinismo europeu, corrupção arbitral, compra de músculos e cérebros, custo impagável e uma forte dose de racismo.

Nem sequer sonhar que Londres atingirá o grau de segurança, disciplina e entusiasmo que conseguiu Pequim. Uma coisa é certa: terá um governo conservador e talvez menos belicoso que o atual.

Não esqueçamos a honradez, honestidade e prestígio profissional de que gozam nossos árbitros internacionais e os cooperantes esportivos.

Para nosso atleta de taekwondo e seu treinador, nossa total solidariedade. Para os que regressam hoje, o aplauso de todo o povo.

Recebamos aos nossos esportistas olímpicos em todos os cantos do país. Ressaltemos sua dignidade e seus méritos. Façamos por eles o que esteja ao nosso alcance.

Para a honra, Medalha de Ouro!

Fidel Castro Ruz, Havana, 24 de agosto de 2008, 21h05