sexta-feira, 31 de julho de 2009

Monsanto


A cartilha "O Olho do Consumidor", que conta com ilustrações de Ziraldo, foi lançada para divulgar a criação do "Selo do SISORG" (Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade Orgânica) que pretende padronizar, identificar e valorizar produtos orgânicos, orientando o consumidor.

O livreto, que teve tiragem de 620 mil cópias, foi objeto de uma liminar de mandado de segurança, fruto de ação movida pela transnacional Monsanto, que impediu sua distribuição. Setores do Ministério ligados ao agronegócio também não ficaram contentes com as informações contidas na cartilha. O arquivo foi inclusive retirado do site do Ministério.

A proibição se deu por conta do item 5 da página 7 (ilustração ao lado), onde se lê:

"*O agricultor orgânico não cultiva transgênicos porque não quer colocar em risco a diversidade de variedades que existem na natureza. Transgênicos são plantas e animais onde o homem coloca genes tomados de outras espécies".*

Em autêntica desobediência civil e resistência pacífica à medida de força, o MST se junta a todos aqueles que estão distribuindo eletrônicamente a cartilha. Se você concorda com esta idéia, continue a distribuição para seus amigos e conhecidos.

Acesse a cartilha clicando aqui.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Pandemia de lucro


Que interesses econômicos se movem por detrás da gripe suína???

No mundo, a cada ano morrem milhões de pessoas vitimas da Malária que se podia prevenir com um simples mosquiteiro. Os noticiários, disto nada falam!

No mundo, por ano morrem 2 milhões de crianças com diarréia que se poderia evitar com um simples soro que custa R$ 0,25. Os noticiários disto nada falam!

Sarampo, pneumonia e enfermidades curáveis com vacinas baratas, provocam a morte de 10 milhões de pessoas a cada ano. Os noticiários disto nada falam!

Mas há cerca de 10 anos, quando apareceu a famosa gripe das aves... os noticiários mundiais inundaram-se de noticias...Uma epidemia, a mais perigosa de todas...Uma Pandemia!

Só se falava da terrífica enfermidade das aves.

Não obstante, a gripe das aves apenas causou a morte de 250 pessoas, em 10 anos...25 mortos por ano. A gripe comum, mata por ano meio milhão de pessoas no mundo. Meio milhão contra 25. Um momento, um momento... então, porque se armou tanto escândalo com a gripe das aves?

Porque atrás desses frangos havia um "galo", um galo de crista grande. A farmacêutica transnacional Roche com o seu famoso Tamiflú vendeu milhões de doses aos países asiáticos. Ainda que o Tamiflú seja de duvidosa eficácia, o governo britânico comprou 14 milhões de doses para prevenir a sua população. Com a gripe das aves, a Roche e a Relenza, as duas maiores empresas farmacêuticas que vendem os antivirais, obtiveram milhões de dólares de lucro.

-Antes com os frangos e agora com os porcos.
-Sim, agora começou a psicose da gripe suína. E todos os noticiários do mundo só falam disso...
-Já não se fala da crise econômica nem dos torturados em Guantánamo...
-Só a gripe suína, a gripe dos porcos...
-E eu pergunto-me: se atrás dos frangos havia um "galo"... atrás dos porcos... não haverá um "grande porco"?

A empresa norte-americana Gilead Sciences tem a patente do Tamiflú. O principal acionista desta empresa é nada menos que um personagem sinistro, Donald Rumsfeld, secretario da defesa de George Bush, artífice da guerra contra Iraque....

Os acionistas das farmacêuticas Roche e Relenza estão esfregando as mãos, estão felizes pelas suas vendas novamente milionárias com o duvidoso Tamiflú.
A verdadeira pandemia é de lucro, os enormes lucros destes mercenários da saúde.
Não nego as necessárias medidas de precaução que estão a ser tomadas pelos países, mas se a gripe suína é uma pandemia tão terrível como anunciam os meios de comunicação...

Se a Organização Mundial de Saúde se preocupa tanto com esta enfermidade, porque não a declara como um problema de saúde pública mundial e autoriza o fabrico de medicamentos genéricos para combatê-la? Prescindir das patentes da Roche e Relenza e distribuir medicamentos genéricos gratuitos a todos os países, especialmente os pobres.. Essa seria a melhor solução.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Doação da CBF


Ministério Público Eleitoral acusa Confederação de doar além do limite legal; contribuição foi de R$ 500 mil

RIO - A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) terá que dar explicações à Justiça Eleitoral pela doação de R$ 500 mil a candidatos nas eleições de 2006. Em ação movida pelo Ministério Público Eleitoral no Rio, a CBF é acusada de ter feito doação além do limite legal de 2% do faturamento bruto obtido no ano anterior. Uma das maiores beneficiadas foi a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, que recebeu R$ 100 mil da instituição. Outros sete candidatos tiveram ajuda da confederação naquele ano, entre eles os senadores Marconi Perillo (PSDB-GO) e Leomar Quintanilha (PMDB-TO), com R$ 50 mil cada, e o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), com R$ 100 mil.

Entre os vice-presidentes da CBF está o empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e irmão de Roseana. Fernando foi indiciado pela Polícia Federal, acusado de favorecimento a empresas que têm contratos com estatais. O empresário nega qualquer envolvimento em atos ilícitos.

Segundo o Ministério Público, a CBF ultrapassou em mais de R$ 100 mil o teto permitido por lei. A pena prevista para a infração é pagamento de multa que varia de cinco a dez vezes o valor excedente da doação. Não há punição para os recebedores da doação indevida.

A CBF faz parte de uma lista de várias pessoas físicas e jurídicas suspeitas de terem feito doações além do permitido e descobertas depois de um cruzamento feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pela Receita Federal que comparou doações a campanhas e declarações de rendimentos. A procuradora regional eleitoral do Rio, Silvana Batini, não informou o valor doado a mais pela CBF e alegou que a declarações de rendimentos à Receita são sigilosas.

Embora com a ressalva de que ainda não recebeu qualquer notificação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio, responsável pela investigação da denúncia, a assessoria de imprensa CBF informou que o faturamento bruto em 2005 foi de R$ 101 milhões e, portanto, os R$ 500 mil doados no ano seguinte estão muito abaixo dos 2% fixados pela lei como teto.

A assessoria informou que a CBF teve prejuízo em 2005 e em 2006, mas que o valor que importa para cumprimento da legislação é o faturamento e não o lucro da doadora. Disse ainda que prestará as informações ao TRE, para esclarecer o que acredita ser um equívoco na análise dos dados da Receita.

Silvana Batini reiterou que "as ações são contra doadores" e não contra os políticos que receberam contribuições. "Há presunção de veracidade das informações da Receita e do TSE. Com a ação ajuizada, haverá ampla defesa (por parte da CBF)", afirmou a procuradora. Silvana diz que pode haver casos de erros nas informações prestadas ao TSE ou à Receita, o que terá que ser corrigido.

Se todos os dados forem confirmados, diz a procuradora, "pode-se chegar a duas conclusões: ou as prestações de contas (à Justiça Eleitoral) são falsas ou há sonegação fiscal." "A iniciativa do TSE e da Receita Federal tem função profilática e sinaliza que as prestações de contas têm que espelhar a realidade", declarou Silvana.

Em 2002, a CBF doou R$ 1,180 milhão a candidatos a deputado e a senador. Em 2004, as contribuições nas eleições municipais foram de R$ 280 mil. Na campanha do ano passado para prefeito e vereador, a confederação somou R$ 345 mil em contribuições para candidatos. Além de Roseana, já receberam doações da CBF, entre outros políticos, os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Gilvam Borges (PMDB-AP) e Delcídio Amaral (PT-MS).

As doações da CBF, no entanto, estão perto do fim. A reforma eleitoral aprovada na Câmara há duas semanas proíbe confederações esportivas de fazerem doações a políticos. O projeto ainda será submetido ao Senado, onde pode sofrer mudanças.

Autor: Luciana Nunes Leal - O Estado de S. Paulo

quinta-feira, 16 de julho de 2009

É do baú!!!

Estava com a edição de número 59 da revista Caros Amigos em mãos. Nesta, tinha um instigante assunto sobre o esporte com um título mais do que polêmico ESPORTE MATA!!!.

O interessante, é que o artigo foi escrito por um MÉDICO, o doutor José Róiz, que frequentava também a revista brasileira de medicina, escrevendo sobre outros assuntos.

Achei o artigo interessante para poder ser debatido em sala de aula. Estava pensando sobre isso quando encontrei com dois professores. Falei sobre o artigo e ambos foram taxativos ao afirmar que o cara era um maluco. Como é que podia o esporte matar!!!

Perguntei se eles tinham lido o artigo. Resposta: você acha que eu vou perder o meu tempo lendo um louco deste?

Estava perdida a oportunidade de debate em sala de aula, ao menos para eles. Que pena. Os alunos deixariam de acessar um contra-argumento sobre a falácia do esporte, da saúde, da atividade física.

Não se tratava de negar o esporte e a sua importância como fenômeno social, nem tampouco de deixar de considerar a atividade física como um dos elementos estruturante de uma boa saúde, mas de discutir, refletir sobre os argumentos bioquímicos que davam base para o argumento do "médico louco" (diz o ditado que todos nós temos um pouco de médico e de louco).

Assim como o artigo de Róiz não ficou conhecido, outras literaturas da área que trazem um argumento diferente sobre o tema SAÚDE do que é comumente utilizado por nós, professores, também passa ao largo dos bancos universitários. É o caso do livro O MITO DA ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE, da Yara Maria de Carvalho, do de Sólomon, O MITO DO EXERCÍCIO e o mais recente, SAÚDE EM DEBATE NA EDUCAÇÃO FÍSICA, desenvolvido pelo GTT de atividade física e saúde do CBCE (Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte).

Ficam os alunos, então, com uma formação pela metade. E nós, professores, perdemos a oportunidade de trabalhar com o contraditório, algo essencial para o desenvolvimento do senso crítico.

Juntamos então duas coisas que ao meu ver, não permite uma formação humana mas sim, uma brutalização do homem e da mulher, que a passos largos caminham para a barbárie: um recuo da teoria e um distanciamento do debate.

Mas podemos mudar isso. Existe uma luz no fim do túnel e não é um vaga-lume. Assim penso. Nisso acredito. Para isso, luto!!!
´
O CONTEÚDO ACIMA FOI DIVULGADO EM UMA LISTA DE DISCUSSÃO A QUAL EU FAZIA PARTE. EMBORA ISSO TENHA SIDO EM 2005, A LÓGICA DO CONTEÚDO É ATUAL.

Você que chegou até aqui, não esqueça de clicar nas palavras iluminadas em verde.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Desemprego

Agência Brasil, de Brasília

O mercado de trabalho para os jovens brasileiros é marcado por altos índices de informalidade e de desemprego, de acordo com estudo divulgado ontem pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). De acordo com o relatório "Trabalho Decente e Juventude no Brasil", 67,5% dos jovens entre 15 e 24 anos estavam desempregados ou na informalidade em 2006.

Os dados, que têm como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 1992 a 2006, apontam que o déficit era maior entre mulheres jovens (70,1%) do que entre homens jovens (65,6%). O índice também era mais acentuado entre jovens negros (74,7%) do que para jovens brancos (59,6%). As jovens mulheres negras v ivem o que a OIT considera "situação de dupla discriminação" - de gênero e raça. O desemprego e a informalidade alcançavam 77,9% das integrantes desse grupo.

Para a diretora do escritório da OIT no Brasil, Laís Abramo, os números podem se agravar ainda mais diante da crise econômica. Ela lembra que o Brasil vive, atualmente, um processo de geração de empregos formais, mas em ritmo muito inferior ao que vinha sendo registrado nos últimos anos.

Segundo ela, os avanços na agenda de emprego para a juventude foram importantes, mas as desigualdades regionais, de gênero e de raça permanecem. Laís acredita que o desafio consiste não apenas em elevar os graus de escolaridade no país, mas em melhorar a qualidade da educação.

A pesquisa indica que 7% dos jovens brancos tinham baixa escolaridade e que o número mais do que dobrava (16%) para os jovens negros. Em relação à jornada de trabalho dos 22 milhões de jovens economicamen te ativos, 30% trabalhavam mais de 20 horas semanais, o que, em muitos casos, prejudicava o desempenho escolar.

"Há uma espécie de círculo vicioso: o jovem não entra no mercado porque não tem experiência, mas para ter experiência ele precisa estar dentro do mercado. Medidas de aprendizagem são importantes para romper essa barreira", diz Laís.

jornal Valor Econômico, dia 2 de julho.

sábado, 11 de julho de 2009

Ética e publicidade

A publicidade procura vender produtos diversos e para tanto, se utiliza de vários artifícios como, por exemplo, a presença de modelos, celebridades, bichos, cantores, esportistas entre outros.

Um certo publicitário, muito famoso no país, já disse em alto e bom som para quem quisesse ouvir que a publicidade não tem ética. Sua preocupação é vender o produto, não importanto por que meios ou tipos de mensagens.

Para tanto, busca sempre um protagonista que possa gerar um certo valor ao produto.

Nem sempre ela tem a intenção de vender um produto. As vezes, a publicidade se direciona para vender uma ideia ou ideias, como ocorre na época das eleições.

Para Emir Sader, na última edição da Caros Amigos, "O marketing, a publicidade, são expressões da concepção de mundo que busca mercantilizar a tudo, que trata de que tudo tenha preço, tudo se venda, tudo se compre, da visão da sociedade como uma espécie de shopping-center, da vitória do mercado contra o direito. Democratizar é desmercantilizar, é afirmar direitos e esfera pública contra o reino do mercado e do marketing".

domingo, 5 de julho de 2009

Livro do Hobsbawn

SINOPSE

Autor do clássico Era dos extremos e louvado mundialmente como um dos maiores historiadores vivos, Eric Hobsbawm
apresenta uma coletânea de dez palestras e conferências em que faz um balanço dos principais temas da política internacional dos nossos dias.

Embora trate de um amplo conjunto de assuntos — imperialismo, nacionalismo e hegemonia, guerra e paz, ordem pública
e disponibilidade de armas, o poder da mídia, mercado e democracia, além de futebol e cultura contemporânea —, a
obra tem forte unidade temática, centrada na análise da situação mundial no início do novo milênio e dos problemas
mais agudos que nos confrontam.

Longe de ser um “otimista”, Hobsbawm mostra-se crítico com relação às tendências que prevalecem no mundo de hoje. Considera “remotas” as perspectivas de uma paz mundial sólida no século XXI; ressalta o forte crescimento das desigualdades econômicas e sociais e dos desequilíbrios ambientais e políticos trazidos pela globalização baseada no conceito do mercado livre; e não poupa críticas à atuação do governo americano, tanto do
ponto de vista econômico-financeiro quanto do político-militar. “Houve um tempo em que o império americano reconhecia
a existência de limitações, ou pelo menos a conveniência de comportar-se como se tivesse limitações. Isso se devia basicamente ao fato de que tinha medo de alguém mais — a União Soviética. Na ausência desse tipo de medo, é preciso que o interesse próprio esclarecido e a cultura tomem o seu lugar”, sentencia Hobsbwam.

Com o ar crítico e ousado que caracteriza seus estudos, Hobsbawm classifica a democracia como “uma vaca sagrada que dá pouco leite” e, sem perder o estilo, a leveza e o bom humor, diz que “enfrentamos o terceiro milênio como o irlandês
anônimo que, perguntado sobre o caminho para Ballynahinch, refletiu e disse: ‘Se eu fosse você, não começaria por aqui’.”

Maiores dados sobre o produto consultar LIVRARIA DA TRAVESSA

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Marketing

Com as restrições à publicidade infantil na televisão e, também, a extinção dos outdoors em São Paulo, as empresas estão se utilizando de estratégias como o chamado "marketing de guerrilha".

Elas estão, através de palestras, gincanas e teatrinho, buscando promover os seus produtos com os "inocentes" brindes distribuídos durante as atividades.

Eis que a publicidade entrou nas escolas paulistas. Não vai demorar, teremos patrocinadores nas camisas e mangas do uniforme escolar e/ou marcas diversas em lápis, canetas e cadernos, tudo, dirão, pedagogicamente orientado.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Blog analógico




Muitas pessoas acham que desenvolver um blog é algo muito complicado. Evidente que demanda tempo e dedicação para podermos passar para os nossos leitores informações confiáveis. Antes de escrevermos uma postagem, precisamos ler, garimpar informações, checar determinadas fontes, etc, etc e, é claro, usar a criatividade.

Foi justamente a criatividade somada com a falta de inclusão digital vivido pelos Líbios que fez com que Alfred Sirleaf se mexesse e criasse o seu blog analógico.

Ele atualiza as informações tomando como base as inúmeras mensagens que ele recebe pelo celular dos seus amigos espalhados pelas cidades e até óutros países. Tem até publicidade que ele cobra a depender do lugar que você queira colocar a sua marca. São 5 dólares na parte inferior, 10 em qualquer uma das laterais e 25 na parte baixa da área principal.

Parece ou não um website normal?