terça-feira, 12 de outubro de 2010

Contra o espírito republicano

Escrevi o texto abaixo para desabafar um pouco. Se achar pertinente o encaminhamento do mesmo para os seus amigos e amigas da sua caixa de mensagem, agradeço.

Nos últimos meses, venho recebendo diversas mensagens procurando demonstrar a VERDADE sobre a primeira candidata mulher a presidência da república. Muitas delas me deixam assustado não pela veracidade dos fatos, pois os mesmos não existem, são factóides. Mas pela quantidade de preconceito, oceanos de raiva e montanhas e mais montanhas de ódio de classe. Escrevem com o fígado, procurando atingir o coração da nossa democracia.

A última que recebi, fala da Dilma guerrilheira. Mas, infelizmente, por déficit intelectual ou por desconhecimento histórico, a mesma mensagem não explicita por quem a tal guerrilheira lutava. Ironia do destino, pois ela lutava em tempos de ditadura militar, onde a liberdade de expressão era cerceada. Lutava justamente para que nós, brasileiros, pudéssemos expor, livremente, o nosso pensar, as nossas opiniões, as nossas reflexões e ponto de vista. Lutava justamente para que nós pudéssemos falar o que bem entendéssemos sem ser incomodado pela censura.

Eis que hoje, o fruto da sua luta se volta contra ela mesma. Ironia. A guerrilheira, que lutou e continua lutando em favor da liberdade de expressão, é agora achincalhada por cidadãos brasileiros que, talvez, não tivessem tido, à época, a coragem que esta mulher teve de peitar os militares e preferissem baixar as calças e declinar em decúbito ventral ao sabor dos cassetetes! Eles se esquecem de dizer que a luta era contra um regime que matavam as pessoas, que impediam que as pessoas pensassem livremente, por tanto uma luta altamente nobre, que deve servir de orgulho para todos nós, brasileiros e brasileiras. Mas, não. O que fazem, parecendo sentir saudades daquela época, lutam para que o candidato apoiado pelos mesmos militares, volte ao poder. Ironia.

Contra esta ironia, e na esperança que os mesmos não necessariamente mudem o seu voto, mas procurem lutar a favor do mesmo com civilidade e espírito republicano, não disseminando ódio e mentiras pela internet, encaminho quatro links de textos muito bem balizados, para que aprendamos como lutar em favor dos nossos interesses ideológicos sem jogar a democracia na lata do lixo. Não foi por isso que Dilma lutou e tenho a certeza de que não é isso que queremos!

http://www.cartacapital.com.br/destaques_carta_capital/patetica-midia-nativa

http://www.cartacapital.com.br/destaques_carta_capital/dois-pesos%e2%80%a6-maria-rita-khel-diz-tudo

http://www.cartacapital.com.br/politica/nome-da-cnbb-esta-sendo-usado-para-enganar-fieis-diz-nota

http://www.cartacapital.com.br/politica/eleicoes-2010-e-os-aproveitadores-da-boa-fe-da-crueldade-evangelica

(copiem e cole o link no seu navegador)

domingo, 8 de agosto de 2010

Silenciando Lula

Jornal Nacional está retirando Lula do noticiário

Em abril, as sonoras do presidente no JN estão 60% abaixo da média (0,40), em junho, cai para 64% abaixo da média (0,36) e em julho para 77% abaixo da média (0,23). Dito de outra forma, tirando os meses com distorção do noticiário sobre Irã (março e maio), o JN vinha dando uma sonora do presidente a cada 4 ou cinco edições do telejornal. Em abril e junho, vai para uma a cada 6,5 edições. Em julho, vai para uma a cada 9 edições. No mesmo período, os demais telejornais analisados fizeram praticamente o caminho inverso.

Leia matéria completa clicando aqui.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Canal? Só em 2014.

Uma desesperada trabalhadora, sem condições de ter um plano odontológico e nem tampouco pagar um dentista particular liga para o SUS na esperança de realizar um canal no seu dente.

A resposta da atendente é absurdamente...não tenho adjetivo para tal. Mas, enfim, segundo a mesma, só em 2014 será possível esse procedimento. O SUS realiza apenas uma intervenção deste tipo por mês (ao menos aqui em Salvador) e existem mais de 200 pessoas em sua frente.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Itabuna, uma jovem centenária

28 julho

Show Pirotécnico às 5 horas, em 40 bairros da cidade.

Alvorada de Sinos às 6 horas, Igrejas Católicas.

Hasteamento Bandeiras, às 8 horas, Catedral
Hinos e Missa Solene

Inauguração do monumento às 10 horas, Av. Aziz Maron
"Saga Grapiúna"

Inauguração às obras da às 11 horas e 30 minutos, Av. J. S. Pinheiro
Escola SEST/SENAI

Inauguração da Av Pedro às 15 horas, Pedro Jerônimo
Jorge

Inauguração da nova Avenida às 17 horas e 30 minutos, Av do Cinquentenário
do Cinquentenário ( na verdade
é inauguração da calçada, que
é tosca e fosca)

Apresentação de evento Gospel às 19 horas, Av Princesa Isabel
Aline Barros


Apresentação da ORQUESTRA às 20 horas, Praça Rio Cahoeira
SINFÔNICA DA BAHIA

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Eleições

Eleições se aproximando e eu atento aos movimentos do sobe e desce das pesquisas. Se no início as mesmas davam o SERRA na frente da principal oponente, a DILMA, agora o negócio é diferente.

Há quem diga que somente os que creem em papai noel, duendes e congêneres, não tem dúvidas sobre a vitória de SERRA. Viva a xuxa!!!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Saída de emergência? Tome um sorvete antes!!!

Quem fosse fazer compras no BOMPREÇO da Garibaldi no último dia 12 e precisasse utilizar a saída de emergência do supermercado ia ter um pouco de dificuldade para isso.

Os funcionários da empresa colocaram, conforme a foto tirada por mim, que estive por lá fazendo o dever de casa, um baita de um freezer justamente na porta que dar acesso a saída de emergência.

Talvez os mesmos achassem que na correria, alguém podia querer tomar um sorvetinho. Pois sim.

domingo, 4 de julho de 2010

Pistoleiro, a mando de empresa de mineração, ameaçam comunidade rural

Atualmente, uma das principais ameaças às comunidades rurais do norte da Bahia é o avanço das empresas de pesquisa e exploração mineral. Geralmente, as empresas chegam às comunidades sem o consentimento das famílias ou fazendo promessas de geração de emprego e progresso. Em alguns casos, quando as comunidades não aceitam a presença da empresa, há ameaças e riscos para as famílias, como está acontecendo no município de Sento-Sé, Bahia.

Segundo relatos de moradores da comunidade de Campo Largo, no município de Sento Sé, no dia 27 de abril deste ano, um grupo de pessoas falando em nome da empresa Biobrax S/A e do engenheiro Enoque Domingos de Oliveira Junior procurou a presidente da Associação de Fundos de Pasto dos Pequenos Produtores de Campo Largo, Carmem Alves Batista, oferecendo dinheiro, com o objetivo de conseguir a adesão dela para que convencesse a comunidade a aceitar a pesquisa mineral na comunidade.

Por conhecer os impactos e a destruição que as mineradoras causam às famílias rurais e à natureza, a presidente da referida associação recusou a proposta. Segundo a própria Carmem, diante da sua recusa, no dia 5 de maio, um morador da comunidade que trabalha para a empresa a ameaçou de morte, dizendo que ela só tinha 15 dias de vida.

A partir de então, Carmem passou a ser perseguida pelo morador que, segundo ela, informou que já havia um pistoleiro, conhecido por Raimundo da Umburana, pronto para executá-la.

Ainda de acordo com relatos de moradores da comunidade, no dia 18 de junho, um grupo de 12 homens portando armas, chegou à comunidade ameaçando os moradores e à procura de Carmem. Em seguida, o mesmo grupo foi a outra comunidade, de nome Alegre, e procedeu da mesma forma: diziam que ou a comunidade deixava a terra livre para eles ou haveriam mortes.

Ainda segundo informações da comunidade, imediatamente, a Polícia Militar foi acionada, seguiu e capturou os pistoleiros, que informaram estar a serviço da Biobrax. Moradores ainda informaram que a empresa tem interesse em explorar minério e plantar pinhão-manso para a geração de biodiesel.

A comunidade de Campo Largo está assustada com o fato, mas permanece unida e organizada, resistindo à investida da empresa e defendendo os seus territórios.

Diante desse fato, denunciamos e exigimos providências das autoridades constituídas, para a que a comunidade continue com segurança e vivendo em harmonia com a natureza.

Comissão Pastoral da Terra – Diocese de Juazeiro, Bahia.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Expressão Popular nas Universidades

SEMANA DA EXPRESSÃO POPULAR NA UEFS (10 a 14/05)
“EXPRESSÃO POPULAR: 10 ANOS NA BATALHA DAS IDÉIAS”

A Editora Expressão Popular firmou-se como uma proposta editorial nascida das lutas sociais e políticas. Calcada num catálogo crítico e marxista (desde os clássicos até autores contemporâneos), esteve sempre voltada à formação política em seus mais diversos degraus, à de quadros até a de base.

Consolidou-se mantendo a independência política. A forma para fazer isso foi o trabalho militante e voluntário de inúmeros colaboradores. Isso possibilitou que os livros fossem comercializados a preços extremamente reduzidos, fazendo-os circular nos mais diversos espaços: movimentos, partidos, organizações populares e universidades.

Continuar cumprindo esse papel é um desafio para EEP e para todos aqueles e aquelas comprometidos/as com a transformação social.

Vida Longa a Expressão Popular!


PROGRAMAÇÃO:

10/05 – Abertura: Auditório IV, Módulo 7

14:00: Mesa 1 - O Marxismo na Batalha das Idéias

- Prof. Eurelino Coelho (LABELU-UEFS)

- Prof. Welington Silva (LEPEL-UEFS)

- Djacira Oliveira (Consulta Popular/MST)

11/05 – Auditório I, Módulo 1

18:00: Mesa 2: A Crise Ecológica e as Alternativas Contra-Hegemônicas: Debates da Agroecologia e dos Povos Tradicionais

- Prof. Luis Ferraro (DTEC-UEFS)

- Prof. Fábio Bandeira (DCBIO-UEFS)

- Gilmar (PJR)

12/05 – Auditório III, Módulo 5

18:00: Mesa 3 - As Transformações no Mundo do Trabalho: Impactos no Campo e na Cidade

- Prof. Cloves Araújo (DCIS-UEFS)

- Profª. Nacelice Freitas (DCHF-UEFS)

- Milton Viário (Confederação Nacional dos Metalúrgicos)
13/05 – Auditório III, Módulo 5
18:00: Mesa 4: Educação Popular e Transformação Social

- Ademar Bogo (Consulta Popular/MST)

- Profª. Maria Helena (PROEX-UEFS)

- Profª. Ludmila Cavalcanti (DEDU-UEFS)

14/05 – Auditório IV, Módulo 7

8:00: Mesa 5 - Lutas Populares no Brasil: Classes e Projetos em Disputa

- Prof. André Uzeda (DCHF-UEFS)

- Profª. Elizete Souza (DCHF-UEFS)

- Prof. Fábio Paes (UFRB)

14/05 – Auditório I, Módulo 1

14:00: Mesa 6: Acesso a Sáude Pública e o Significado da Luta pelo SUS

- Fernanda (Seminário Livre-UFBA)

- Alan Jonh (Lutar e Construir-UEFS)

- Fabrício (Médico)

OBS: Serão expedidos certificados da Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) aos participantes para cada Mesa-Redonda.

sábado, 1 de maio de 2010

Loucos e insensatos

Por Gerivaldo Neiva
Juiz de Direito da Comarca de Conceiçãodo Coité (BA)

Trafegava nesta quinta-feira pela BR-324 (Salvador – Feira de Santana) e vi a marcha do MST pela rodovia. Saíram de Feira de Santana e a previsão de chegada a Salvador é na segunda-feira. São mais de 100 km de caminhada.

Fala-se em 5 mil ou 6 mil participantes. Vi muitos jovens e mulheres participando da marcha.

Segundo a imprensa local, “a manifestação tem como objetivos cobrar mais agilidade na reforma agrária no País e cobrar do governo a realização de obras negociadas em manifestações anteriores, como a construção de casas e escolas em 120 assentamentos no Estado”.

A marcha também tem o caráter de protesto contra a criminalização dos movimentos sociais e contra a impunidade no campo, afirmou o deputado estadual Valmir Assunção (PT), que integra a marcha.

Com ele, estão outras lideranças do partido na Bahia, como o vice-presidente estadual da legenda, Weldes Valeriano. Na programação dos participantes, estão previstas “caminhadas pela manhã e atividades culturais – como curso de formação política e exibição de filmes – nos outros períodos”.

Antes de encontrar os membros do MST em caminhada, parei em um posto para abastecer o carro e puxei conversa com o frentista sobre a marcha. Comecei perguntando se estavam muito na frente e ele me respondeu que tinham passado por ali na manhã anterior e que àquela hora (mais ou menos às nove da manhã) já deveriam ter levantado acampamento e estavam novamente na pista.

Em seguida, tentou me confortar argumentando que era feriado, o trânsito não estava intenso e talvez não encontrasse muito engarrafamento.

Respondi que não me incomodava muito, pois o MST tinha o direito de lutar e de se manifestar. Ele se animou para continuar a conversa e alegou que também gostava do MST e da coragem deles, mas não gostava quando se tornavam violentos, destruíam plantações e casas das fazendas invadidas. Desejei bom dia de trabalho ao frentista e segui viagem.

Depois que passei por aquela multidão de homens e mulheres, caminhado em duas filas indianas, cantando e demonstrando que estavam voluntariamente naquela caminhada, pensei comigo mesmo: são mesmo loucos e insensatos!

Ora, são mais de 100 km de caminhada e nesta época do ano costuma chover muito no recôncavo baiano. Loucos e insensatos, mesmo!

Mais na frente, lembrei-me da observação do frentista com relação à violência do MST e pensei: também, o que se pode esperar de loucos e insensatos?

Que vão entrar com muito cuidado nas fazendas que ocupam, cuidar bem da casa, deixar tudo limpo e arrumado? Não, nada disso. São loucos e insensatos!

Mas o que os levou à loucura e à insensatez?

Por que tantos jovens, moças e rapazes, já perderam a razão e os bons modos ainda na flor da idade?

Esta doença é hereditária e foi causada por mais de 500 anos de exclusão e opressão. No início, os índios, depois os negros, depois os posseiros e pequenos colonos foram excluídos da terra e lançados ao léu.

Agora, séculos depois, tornaram-se “sem-terra” e marcham pelas rodovias do país, moram em acampamentos, ocupam fazendas, derrubam laranjais, queimam sedes luxuosas, matam bois para comer a carne… São uns loucos e insensatos.

Sendo assim, diferente dos “doutores da lei”, eles não sabem distinguir os vários tipos de posse, não sabem distinguir posse de propriedade e, muito menos, o que sejam os tais “interditos proibitórios.”

Para eles, interessa somente a terra e os alimentos que dela brotam. Terra, portanto, não se confunde com posse e, muito menos, com propriedade.

Terra é mãe e produz alimentos, é o local, o espaço sagrado e detentor das possibilidades de continuidade da espécie humana sobre o planeta. Propriedade, de outro lado, é mera abstração, conceito, idéia, pedaço de papel, registro em cartório…

Não compreendem os loucos e insensatos do MST, enfim, por que tantos “letrados” andam dizendo por aí que a “propriedade” é um direito sagrado.

Ora, sagrada é a terra, e não a propriedade dela! Esse destino místico da terra, porém, não se realiza com pastos e pisadas de bois ou eucalipto para virar celulose, mas com a presença do homem, como se pertencessem um ao outro, plantando e colhendo, no cio da terra, alimentos para o mundo.

O homem, portanto, não pode impor qualquer função ou amarras à terra, pois ela já tem desde sempre o seu destino inafastável, que é oferecer a vida ao homem que lhe habita.

Pensando bem, aliás, o que seria da vida, da liberdade e do mundo sem os loucos e os insensatos?

sábado, 24 de abril de 2010

MST realiza marcha

Mais de cinco mil trabalhadores rurais Sem Terra devem participar da marcha de Feira de Santana a Salvador, que acontece entre os dias 19 e 26 de Abril. A marcha pretende chamar a atenção dos governos e da sociedade para a urgência da Reforma Agrária no Brasil, bem como para as recentes e reiteradas tentativas de criminalizar as lutas sociais no país.

Na Bahia, o movimento sofre com o atraso no processo de assentamento das mais de 25 mil famílias acampadas debaixo de lona preta. A falta de funcionários no Incra, a burocracia no licenciamento ambiental e a falta de empenho dos governos federal e estadual emperram a Reforma Agrária no estado.

Pautas negociadas em marchas anteriores ainda estão à espera de cumprimento, como assistência técnica, crédito e infra-estrutura (luz elétrica, construção de casas, estradas e escolas) nos cerca de 120 assentamentos das 9 regionais do MST no estado.

Marcha

Atividade integrante da Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária 2010, a marcha contará com várias atividades artísticas e educativas, além de atos em parceria com outros movimentos sociais, nas cidades e comunidades por onde passará. Os Sem Terra percorrerão mais de 100 km pela BR 324, em sete dias de caminhada. Após as longas caminhadas da manhã, haverá cursos de formação política, oficinas de arte-educação e rodas de capoeira. O Cinema da Terra fará a exibição de diversos filmes que retratam a luta e a cultura dos povos, e os artistas da Reforma Agrária farão pequenas apresentações para animar as noites culturais e a caminhada. A Rádio Livre MST fará transmissões ao vivo, com informes e entrevistas.

Como parte das ações da Jornada, o movimento realizou neste mês cerca de quinze ocupações, até o momento. Pelo menos o dobro de ações são esperadas até a marcha.

domingo, 18 de abril de 2010

A barganha de Fausto

A barganha de Fausto

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É possível que o poder nuclear leve as civilizações a se autodestruírem
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Por Marcelo Gleiser

Retirado do UOL

Numa era nuclear, somos a exceção ou a regra? O encontro internacional sobre segurança nuclear, que ocorreu nesta semana em Washington, dá-nos a oportunidade de refletir sobre as causas dessa terrível situação. Considerando que nosso futuro será, em grande parte, determinado por nossa atitude perante a questão nuclear, é bom nos perguntarmos como chegamos até aqui, com o poder de destruir a civilização. O que isso nos diz sobre quem somos como espécie?

Talvez seja útil retornar a um tópico que, à primeira vista, pouco tem a ver com essa discussão ética: a existência de civilizações extraterrestres. No início da década de 1950, enquanto almoçava na lanchonete do laboratório de Los Alamos -o mesmo onde, alguns anos antes, a primeira bomba atômica foi construída-, o grande físico Enrico Fermi parou de comer e perguntou aos seus companheiros: "Onde está todo mundo?".

Seus amigos olharam em torno, procurando quem estava atrasado. "Não, estou falando dos alienígenas. Onde estão eles?"

Com um guardanapo e caneta, Fermi mostrou que, se nossa galáxia tem 10 bilhões de anos e um diâmetro de 100 mil anos-luz, uma civilização que houvesse aparecido, digamos, um milhão de anos antes da nossa teria tido tempo de sobra para colonizar a galáxia por inteiro. Sendo assim, insistiu, onde está todo mundo?

Existem várias respostas para essa questão, conhecida como "Paradoxo de Fermi". A que importa para a nossa discussão de hoje argumenta que os alienígenas não estão aqui porque toda civilização que é capaz de fabricar bombas nucleares se autodestrói. Sem dúvida, uma visão extremamente pessimista da história das civilizações.

Dado isso, devemos nos perguntar se nossa história sob o jugo das armas nucleares nos últimos 65 anos é exceção ou regra. Somos como esses alienígenas suicidas ou mais espertos?

Nossa aniquilação é inevitável ou será que seremos capazes de garantir nossa sobrevivência mesmo tendo em mãos armas de destruição em massa? Infelizmente, armas nucleares são monstros que jamais desaparecerão.

Nenhuma descoberta científica "desaparece". Uma vez revelada, permanece viva, mesmo se condenada como imoral por uma maioria. A barganha faustiana que acabamos por realizar com o poder tem um preço muito alto. É irreversível. Não podemos mais contemplar um mundo sem armas nucleares. Sendo assim, será que podemos contemplar um mundo com um futuro?

O medo e a ganância -uma combinação letal- trouxeram-nos até aqui. Por milhares de anos, cientistas e engenheiros serviram o Estado em troca de dinheiro e proteção. Cercamo-nos de inimigos reais ou virtuais e precisamos proteger nosso país e nossos lares a qualquer preço. O patriotismo é o maior responsável pela guerra. Não é à toa que Einstein queria ver as fronteiras abolidas.

Olhamos para o Brasil, os Estados Unidos e a Comunidade Europeia, onde fronteiras são cada vez mais invisíveis, e temos evidência empírica de que a união de Estados sem fronteiras leva à estabilidade e à sobrevivência. A menos que as coisas mudem profundamente (por exemplo, se São Paulo resolver se separar do resto do país...), é difícil ver essa estabilidade ameaçada. Será, então, que a solução -admito, extremamente remota- é um mundo sem fronteiras, uma sociedade de fato globalizada e economicamente integrada? Ou será que existe outro modo de garantir nossa sobrevivência a longo prazo com mísseis carregando armas nucleares apontados uns para os outros, prontos a serem detonados? O que você diz?
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MARCELO GLEISER é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA) e autor do livro "Criação Imperfeita"

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Pré-conceito não ajuda

Determinadas mensagens sobre Lula ou sobre qualquer outro político brasileiro, como a que me enviaram abaixo pode ser engraçada, mas não ajuda em nada o entendimento do papel da política na vida da cidade, do estado e do país. Política é correlação de forças e enquanto ficarmos esperando um salvador da pátria para resolver os problemas que só podem ser resolvidos pela organização social, pelos movimentos sociais organizados em torno de propostas debatidas por dentro de partidos é que poderemos pensar em mudanças substantitvas para o nosso país e para a democracia, esta, por exemplo, ainda resumida pela representatividade nas eleições. Quando chegaremos ao momento em que teremos no país uma democracia participativa? Cidadãos ou sujeitos históricos emancipados?

Tenho muitas críticas ao Lula. Mas como nunca votei no homem mas, sim, no projeto que ele encarnava, posso ficar tranquilo com os acertos e os tropeços. E embora tenha sido muitos, houve também muitos acertos que somente pessoas com ÓDIO DE CLASSE na veia e que adora pensar de forma maniqueísta (ou foi BOM ou foi RUIM) pode não aceitar que os oito anos do geverno lula, apesar dos pesares, foi muito mais satisfatório do que os do FHC, não é por menos que esta eleição está se tornando quase que plebiscitária e o PSDB não que nem de longe, que o FHC apareça para dar aquela força.

Dilma ou Serra? Se quisermos solidificar as conquistas e ampliá-la, é só olhar com pacimônia a história e verificar que Dilma é a melhor candidata. O tempo dos representantes do neoliberalismo brasileiro já se foi. O DEM (ex-PFL), tá quase morto. Precisamos matar também o PSDB. Esse é um momento ímpar para o Brasil voltar a ser um país com pensamento progressista, tão como na época de JANGO, que os militares resolveram matar.

Tudo isso consciente do que Gramsci nos ensinou, de que o ESTADO é o gerente da burguesia, e de que não será na super-estrutura que as mudanças substantivas virão, apesar de ainda precisarmos dela, mas da estrutura, da relação do homem e das mulheres com os outros homens e mulheres organizados socialmente e tendo claro que sob o domínio do capital, não há alternativa viável para a emancipação humana.

Nos organizemos, lutemos, pois a direita combalida não tá morta, e ela vai fazer tudo para voltar a ter as rédeas do estado.

Abraços fraternos

Welington
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Virei casaca pro lado do Lula

Hoje, refletindo sobre o efeito do nada, sobre o porra nenhuma, me dei conta de que o Brasil é o único país do mundo:

a) governado por um alcóolatra que instituiu uma lei seca,

b) um analfabeto que assinou uma reforma ortográfica,

b) tem um filho formado em porra nenhuma, que é o gênio das finanças, e

c) teve a cara de pau de pedir a Deus para dar INTELIGÊNCIA a Barack Obama, que é formado em Harvard.


Depois disso, EU TINHA QUE MUDAR DE LADO. Resolvi lular

Que me desculpem os meus amigos e, por favor, não me critiquem, nem mandem e-mail's indignados.

Antes, reflitam melhor sobre a situação atual. Tenho certeza que também ficarão ao lado do Lula.

Afinal, se eu ficar atrás... ele me caga e se eu ficar na frente... ele me fode.


Portanto, a melhor opção é ficar ao lado dele.

ENQUANTO ISSO, ESPERO E SONHO QUE TUDO VOLTE AO NORMAL ..

Será o dia em que:

ARRUDA será uma simples plantinha pra espantar mal olhado;

GENUINO será algo verdadeiro;

GENRO apenas o marido da filha;

SEVERINO apenas o porteiro do prédio;

FREUD voltará a ser o só criador da Psicanálise;
LORENZETTI será só uma marca de chuveiro;

GREENHALGH voltará a ser um almirante que participou de nossa história;

Dirceu, Palloci, Delúbio, Silvio Pereira, Berzoini,Gedimar,Valdebran, Bargas, Expedito Veloso, Gushiken, Renan etc, serão simples.... presidiários.


E LULA APENAS UM FRUTO DO MAR.

Finalmente, quando olho meu titulo de eleitor, velhinho, coitado, sempre usado desde 1976 e vejo o Lula aliado ao Collor e, pasmem, na defesa da vida ilibada dos Sarneys, concluo que entendo o verdadeiro significado do nome 'ZONA ELEITORAL' escrito nele!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A artificialidade impera

Por mais que chova, os atingidos na alma são sempre os da periferia, os de baixo, os ninguéns, senhores de nada. É repugnante observar as caras e bocas comovidas dos repórteres de plantão que nos seus noticiários misturam ficção e realidade, simplificando a história ao extremo. Uma grande catástrofe é mostrada para logo depois virem os gols da rodada. Ao invés de um programa que debata o assunto na raiz, um programa de humor para nos fazer rir mas, espera aí, já nos esquecemos que minutos atrás estávamos comovidos, chorosos com uma certa matéria...do que mesmo? Esqueçemos. Tudo se mistura nos noticiários de plantão para que tudo parece igual a coisa alguma. A artificialidade impera e tudo pareça ser neutro, alheio a mecanismos regulatórios, de controle. A culpa mesmo é do acaso da natureza ou do descaso das autoridades. A política mesmo, como construção da pólis fica então silenciada no tonante boa noite de um William Bonner, e todos nós, brasileiros, respondemos, já sonolentos: BOA NOITE.

quarta-feira, 10 de março de 2010

DIA INTERNACIONAL DA MULHER



Origens do Dia da Mulher

Quando começou a ser comemorado o Dia Internacional da Mulher?

Quando começou a luta das mulheres por sua libertação?

Qual é a influência do movimento socialista na luta das mulheres?

E o 8 de Março, como nasceu?

E, mais importante de tudo. Como continuar a luta pela

dignidade, igualdade e participação da mulher na sociedade?

Por Vito Giannotti

A história da luta das mulheres e da criação do Dia da Mulher é objeto de muitos livros e artigos. È uma história longa e que vem de longe. Do século passado. Para se ter uma ideia da extensão desta luta vamos voltar ao ano de 1910. Pois é, a decisão de criar o Dia da Mulher foi tomada há quase cem anos. Em agosto de 1910, mulheres reunidas na Conferência das Mulheres Socialistas, na Dinamarca, decidiram criar o Dia da Mulher.

Na ocasião, não ficou decidido qual seria este dia. O mês de março foi escolhido ao acaso. Em 1914, a França escolheu o dia 9 de março para fazer o seu ato e a Alemanha o dia 8. Antes já havia sido celebrada em várias datas, nos EUA; e em 1º de março, na Suécia.

E como se chegou ao 8 de março? No dia 23 de fevereiro de 1917 pelo calendário russo, que correspondia ao 8 de março no calendário ocidental, mulheres tecelãs da Rússia começaram uma greve que mudou completamente os rumos da política do país. Em 1921, a Conferência das Mulheres Comunistas, realizada em Moscou, adota o dia 8 de Março como data unificada do Dia Internacional das Operárias. A partir desta data, os socialistas espalham pelo mundo o 8 de março como data das comemorações da luta das mulheres.

A história desta greve ficou esquecida durante muito tempo. E uma nova versão do 8 de março começou a circular entre o movimento feminista e o movimento dos trabalhadores. Uma história triste que falava de uma greve, ocorrida no ano de 1857, em Nova Iorque, na qual 129 operárias têxteis haviam morrido queimadas após o patrão ter ateado fogo à fábrica.

Desde a década de 1970, porém, este fato já era questionado por mulheres que estudavam o tema. Teria mesmo ocorrido esta greve com mulheres queimadas? Não havia indícios sobre elas em nenhum jornal ou outro documento da época. Sequer relatos orais. Estas pesquisadoras foram à luta e fuçaram a origem da data.

Depois de muito trabalho, muita pesquisa, comprovaram que a origem do 8 de Março é bem outra. É uma história alegre. A história da greve bem sucedida das costureiras de São Petersburgo, na Rússia, em 1917, que obrigou o czar a mudar radicalmente o regime de opressão. A greve foi o estopim da Revolução Russa.

Vamos aos fatos?

No Brasil, um dos primeiros textos que contam o nascimento do 8 de Março, sem a historinha das 129 mulheres queimadas vivas, é o artigo 8 de Março: Conquistas e Controvérsias, baseado em farta bibliografia, de 1995, da estudiosa, Eva A. Blay.

Em 2001, a SOF publica um texto no qual conta a história da origem do Dia da Mulher: Dia Internacional da Mulher: em busca da memória perdida. Nele está escrito que o Dia da Mulher nasceu da decisão das mulheres socialistas, na Conferência de 1910, com a única orientação de ser num dia específico. Na Conferência não houve referência à greve Nova Iorque e às 129 mulheres queimadas. O texto aponta como origem do primeiro 8 de Março da história, a famosa greve das mulheres tecelãs de São Petersburgo, em 1917.

Ao final, indica, como referência bibliográfica, o texto-chave sobre o assunto. Um livro de uma pesquisadora canadense intitulado: O dia Internacional da Mulher – Os verdadeiros fatos e datas das misteriosas origens do 8 de março, até hoje confusas, maquiadas e esquecidas.

A autora, René Cote, após doze anos de pesquisa prova, através de mil documentos, que a história da origem do 8 de Março é mais bonita do que aquela que ouvimos até hoje.

Há vários outros estudos, em vários países, cada um acompanhado de uma vasta bibliografia, que vão no mesmo sentido das pesquisas da Côté. Um destes é um estudo de Liliane Kandel, de 1982, O Mito das Origens: sobre o Dia Internacional da Mulher.

Neste texto, a autora mostra como se construiu o mito das 129 queimadas. Como se chegou a inventar a tal greve que nunca aconteceu, naquela fábrica que nunca existiu, com as 129 mulheres queimadas que nunca existiram. Mostra que este mito nasceu, aos poucos, de uma preocupação legítima dos comunistas franceses, nos anos 1950, querendo ampliar o alcance do Dia da Mulher. Nasceu, sem ninguém perceber como, da necessidade de sair da limitação de “Dia das mulheres comunistas” e chegar a um dia geral da luta da mulher, seja ela socialista, libertária, comunista, cristã, ou simplesmente mulher em busca de sua identidade e libertação do peso de séculos de opressão.

A origem do mito da greve de 1857

A primeira menção a essa greve, sem nenhum dos detalhes que serão acrescentados posteriormente, aparece no jornal do Partido Comunista Francês, na véspera do 8 de Março de 1955. Mas onde se dá a fixação da tal greve de 1857 é numa publicação da Federação Internacional Democrática das Mulheres, de 1966, na então Alemanha Oriental.

O artigo fala rapidamente, em três linhas, de um incêndio que teria ocorrido em 8 de março de 1857 e matado 129 tecelãs. Continua dizendo que, em 1910, durante a 2ª Conferência da Mulher Socialista, a dirigente Clara Zetkin, em lembrança à data da greve das tecelãs americanas, teria proposto o 8 de Março como data do Dia da Mulher. É aqui, neste artigo que começou a confusão toda.

Esta versão teve origem da mistura com outros fatos ocorridos na cidade de Nova Iorque, mas em outra época. O primeiro foi uma longa greve real, de costureiras, que durou de 22 de novembro de 1909 a 15 de fevereiro de 1910.

O outro fato foi um incêndio ocorrido numa fábrica têxtil, em 29 de março de 1911 que causou a morte por falta de segurança de 146 pessoas, na maioria mulheres.

Essa fábrica pegando fogo, com dezenas de operárias se jogando em chamas, do oitavo e nono andar, nos dá a pista do nascimento do mito daquela greve de 1857, na qual teriam morrido 129 operárias num incêndio provocado propositadamente pelos patrões.

É assim, pela combinação de casualidades, sem plano diabólico pré-estabelecido, que nasce a maioria dos mitos. Assim nasceu o das 129 queimadas vivas.

A canadense Renée Côté pesquisou, durante doze anos, em todos os arquivos da Europa, EUA e Canadá e não encontrou nenhuma traça da greve de 1857. Nem nos jornais da grande imprensa da época, nem em qualquer outra fonte de memórias das lutas operárias.

Ela afirma e reafirma que essa greve nunca existiu. É um mito criado por causa da confusão com a greve de 1910; com o incêndio de 1911, nos EUA; e com a greve das costureiras de São Petersburgo, na Rússia, em 1917.

O mito estava fixado, firmado e consolidado. Agora era só repeti-lo.

Para saber mais consulte www.piratininga.org.br

O feminismo dos anos 1960 retoma o Dia da Mulher

Na década de 60, o mundo vivia uma grande convulsão político-ideológica. No Ocidente, os estudantes passaram dos livros de Marcuse a Alexandra Kollontai e Wilhem Reich com sua Revolução Sexual e A Função do Orgasmo. As mulheres americanas se manifestavam contra a Guerra do Vietnã e falavam em libertação das mulheres. Na América Latina, mulheres com a metralhadora nas costas lutavam contra as ditaduras que oprimiam todo o continente. No mundo inteiro nasce o movimento feminista, diversificado, confuso mas muito ativo.

Os estudantes erguiam barricadas em Paris, tomavam as ruas em Praga, Berkley e Rio de Janeiro e falavam de revolução e de amor: Revolução social e sexual. Falava-se em socialismo em libertação das últimas colônias da opressão dos paises colonialistas da Europa, e falava-se em libertação das mulheres.

As feministas nas suas manifestações falavam de “mística feminina”, atacavam as várias manifestações de machismo. As mulheres estavam cansadas de serem tratadas como “brinquedo do homem”, como “ objeto de cama e mesa”.

Nesse caldeirão cultural mundial, em Chicago, em 1968; e em Berkley, em 1969, se retoma, através de boletins e jornais feministas, a idéia do Dia Internacional da Mulher.

segunda-feira, 8 de março de 2010

8 DE MARÇO

História do 8 de março

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Objetivo da Data

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Conquistas das Mulheres Brasileiras

Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.

Marcos das Conquistas das Mulheres na História

1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.

1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.

1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.

1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.

1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.

1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas

1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres

1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.

1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças

1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina

1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres

sexta-feira, 5 de março de 2010

Plágio

Como professor de curso de graduação, invariavelmente nos finais de semestres, tenho a insatisfação de constatar, nos trabalhos de conclusão de curso (TCC), geralmente nas monografias, o chamado plágio.

Isso vem se tornando a cada ano, uma realidade altamente incômoda e preocupante. Alguns trabalhos são descaradamente copiado da internet na sua integridade, embora essa palavra não soe bem no tratamento desse assunto.

Imagino que o aluno ou a aluna também imaginam que os professores e professoras do curso não leem os seus trabalhos monográficos e avaliam os mesmos pela quantidade de papel impresso.

Mas quando o trabalho monográfico passa pela avaliação de uma banca, formada geralmente (ou pelo menos deveria ser assim) por pessoas que tem um saber ao menos relativo sobre o assunto tratado na monografia? Ainda assim, a cópia corre solta. Não há formas de constrangimento que faça o aluno ou aluna pensarem duas ou três vezes no assunto. Eles simplesmente preferem correr o risco.

Aliás, eis um fenômeno que ultrapassa a graduação e adentra nas pós de mais variados níveis e áreas do conhecimento.

Evidente que existem aqueles alunos e alunas que levam realmente a sério o trabalho monográfico e reconhecem no mesmo uma fase do processo de seu desenvolvimento intelectual. Mas parece que esses estão se extinguindo.

Uma pena.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Moradia na Bahia

Carnaval tá ai. Foliões e mais foliões de todos os rincões do Brasil e de outros países estarão se deleitando atrás do trio. A grande maioria, não imagina que por trás de tanta alegria e ritmos se esconda uma realidade cruel, a da moradia.

São milhões de baianos que não têm onde se abrigar das intempéries. Saiba mais sobre essa realidade clicando aqui.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Imagem da semana

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

AS VEIAS ABERTAS DO HAITI: DEFENDER O HAITI E DEFENDER TODOS NÓS

Por: Celi Zulke Taffarel Prof.ª Dra. Titular FACED/UFBA. Pesquisadora Nível 1D CNPq

....Temos guardado um silêncio bastante parecido com a estupidez...

(Proclamação Insurrencial da Junta Tuitiva na cidade de La Paz, em 16 de junho de 1809. In: GALEANO, Eduardo. Veias abertas da América Latina. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1979.)

O Ano de 2010 iniciou de maneira drástica com o terremoto ocorrido no Haiti no dia 12 de janeiro, anunciando a vulnerabilidade da vida humana no planeta. Desta vez a catástrofe nos chega pela força da natureza que segue seu curso conhecido pela humanidade, visto que a ciência é capaz de explicar o que aconteceu, acontece e poderá acontecer com um planeta ainda em acomodação, um planeta sujeito a devastação determinada pelo modo de produção capitalista. A ciência é capaz de explicar a tragédia e o que ela revela, a saber, um país golpeado em sua soberania. A Ciência negada, usurpada e vilipendiada pelos imperialistas que não permitiram e não permitem a uma nação como o Haiti, construir seu próprio lastro educacional, científico e tecnológico q ue pode contribuir, SIM, para evitar as conseqüências drásticas de uma catástrofe natural previsível, como a ocorrida recentemente no Haiti e que ceifou aproximadamente 150 mil vidas humanas.

O Haiti vem sendo sangrado há séculos. Eduardo Galeano ao descrever a sangria das Américas pelos colonizadores e imperialistas apresenta dados sobre as sucessivas explorações, em grande escala a que foram sujeitos os paises das Américas do Sul e Central os paises do Caribe como Barbados, Jamaica, Haiti, Guadalupe, Cuba, Dominicana, Porto Rico. Nestes paises ocorreram brutais regimes escravocratas, ditaduras militares, as terras foram devastadas, para saciar a sede dos gananciosos imperialistas.

Já em 1791 eclodia no Haiti a revolução pela independência do jugo colonial Francês. A guerra pela libertação custou rios de sangue e devastação. A revolução Haitiana coincidiu com a revolução Francesa. Como nos relata Galeano (1976, 14º p. 78) o Haiti sofreu, também, na própria carne, o bloqueio imperialista. Cedendo a pressão francesa o Congresso dos Estados Unidos proibiu o comércio com o Haiti em 1806. Em 1825, a França teve que reconhecer a independência de sua antiga Colônia, mas em troca de uma gigantesca indenização em dinheiro. Esta indenização em dinheiro tornou-se segundo Galeano, uma pedra esmagadora sobre as costas dos haitianos independentes que haviam sobrevivido ao banho de sangue das sucessivas expedições militares enviadas contra eles. Um dos paises mais ricos da América Central, o primeiro a proclamar a libertação dos escravos e sua independência, foi submetido a sucessivas ditaduras e condenado a ruínas, com apoio dos imperialistas. O Haiti não se recuperou jamais: hoje é o mais pobre e arrasado das Américas. Suas veias continuam sangrando. Um povo, que promoveu a única revolução de escravos vitoriosa na história da humanidade, que derrotou o imperialismo francês, inglês e o norte americano em inúmeros levantes e enfrentamentos continua sendo "punido" historicamente pela sua história e tradição de luta.

Para Luis Suarez Salazar (2006, p. 01-17), autor do livro Madre América: Un siglo de violência y dolor (1898-1989). Habana, Cuba. Editorial de Ciências Sociales. 2006, os mais recentes cinco séculos da história latinoamericana e caribenha bem poderiam definir-se como quinhentos anos de solidão, de amargura, de injustiças, violência e dor demonstrados por inúmeros fatos e acontecimentos que foram por ele arrolados em seu livro.

Ainda hoje a presença das tropas de ocupação da ONU - MINUSTAH (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti) não conseguem garantir a segurança e continua sendo aplicado ao Haiti a política do imperialismo, em uma verdadeira desestabilização do país. A presença das tropas da ONU é mais um entrave para a organização popular, sindical e da juventude, protegendo os interesses dos capitalistas, imperialistas, das empresas privadas, os quais são responsáveis pela exploração do povo haitiano há séculos.

Em setembro 2009 a partir do chamado da Conferência « Defender o Haiti é defender a nos mesmos » realizada em dezembro de 2008, cuja bandeira é a Retirada Imediata das Tropas da Minustah, uma Comissão Internacional de Investigação esteve reunida em Porto Príncipe para averiguar a situação do Haiti. A Comissão Internacional, patrocinada pelo escritor uruguaio Eduardo Galeano, era formada por delegados de vários paises. No Haiti, a atividade foi organizada por uma Comissão da qual faziam parte: MODEP (Guy Numa), CATH Central Autonoma dos Trabalhadores do Haiti (Fignole St. Cyr), ADFENTRAH Associação de Mulheres da CATH ( Julie Genelus), CTSP Central dos Trabalhadores do Serviço Publico (Raphael Dukens), UNNOH (Josue Merilien), Anten Ouvriye (Reyneld Sanon), RONA (Georgie Desire) e CHANDEL (Jean Petit Derinx e Jackson Doliscar) junto com a ATPC (Associação dos Trabalhadores e Povos do Caribe). A Comissão Internacional de Investigação se concentrou em três objetivos: 1) Investigar a situação do Haiti, especialmente sobre a realidade da classe trabalhadora e os abusos das forças de ocupação da ONU; 2) Produzir um relatório sobre esta realidade e denunciar nacionalmente e internacionalmente; 3) Provar que a Minustah é uma força de ocupação que, portanto, deve sair imediatamente do território. Após ouvir dezenas de testemunhos de indivíduos e de associações, sindicatos e organizações políticas e de sistematizar material fornecido pelas entidades haitianas, tais como noticias publicadas em jornais (Haiti Liberte, The Nouveliste, entre outros), fotografias e relatórios (Acordo entre a ONU e o Governo haitiano sobre o status da operação das Nações Unidas no Haiti 09/07/2004; Declaração da Terceira Conferência das ATPC, além de ter feito visitas in loco, a Comissão concluiu que a presença da Minustah afeta o país nos seguintes aspectos: 1 Social : condições de trabalho, situação dos direitos sindicais, desemprego, violência contra as mulheres, assassinatos, etc; 2 Econômico : exploração dos trabalhadores, reforço do desequilíbrio e da dependência econômica, etc; 3 Político : perda da soberania nacional, atentado a liberdade de imprensa, prisões arbitrárias e desaparecimentos, repressão a manifestações populares, etc. A Comissão conclui que: - Nos termos do Capítu lo 7 da Carta da ONU, uma intervenção militar somente pode ser justificada em caso de : Guerra Civil, Catástrofe natural, Crime contra a humanidade ou Genocídio.

Torna-se vital, portanto, para estancar a hemorragia que sofre o Haiti, que lhe seja restituída a plena soberania, com o fim das ocupações. Que seja anulada imediatamente a dívida externa impagável que pesa sobre o povo haitiano. Que todos os paises do mundo abram suas fronteiras para os cidadãos haitianos. E que a solidariedade internacional seja expressa no que realmente é necessidade ao povo haitiano que são médicos, enfermeiros, educadores, engenheiros.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Imagem da semana

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Só faltava essa!!!

Vejam vocês o cúmula da insensibilidade e do preconceito. O Cônsul do Haiti no Brasil que a desgraça no Haiti está sendo boa pois assim o país fica conhecido, e em seguida emenda dizendo que a culpa da tragédia é...pasmen...a MACUMBA!!!

Leia mais clicando AQUI.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Doença e Ibope

A Rede Globo de Televisão nunca foi afeita a falar sobre personagens de outros canais de televisão. Ao contrário. A mesma sempre utiliza os seus programas de auditório para promover os seus próprios artistas, massageando sempre o seu próprio ego.

Eis que esta semana, a mesma tratou de falar sobre a apresentadora do SBT, Hebe Camargo, acomedita de um câncer raro, segundo informes médicos.

Violência, tragédias e doenças dão ibope. Nesse caso, sendo artista de outro canal de televisão, estando doente, pode ser notícia na tela da vênus platinada nos seus diferentes noticiários.

Globo e você...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Espanha proíbe anúncios que exaltem 'culto ao corpo'

Anelise Infante
De Madri para a BBC Brasil

O Parlamento da Espanha aprovou, nesta quinta-feira, uma lei que proíbe a exibição na TV de anúncios que "exaltem o culto ao corpo" das 6h às 22h.

Estão na mira anúncios de produtos de emagrecimento, tratamentos de beleza e cirurgias estéticas, que, na visão dos parlamentares, associam a imagem de sucesso com a de padrões físicos e representam influências negativas para crianças e jovens.

A vice-presidente do governo, Maria Teresa Fernández de la Vega, disse no Parlamento que o objetivo da medida é “evitar o rechaço da autoimagem”.

“A publicidade que associa a imagem de sucesso com fatores como peso ou estética incita a discriminação social pela condição física e deve estar fora do horário protegido para os menores de idade”.

Segundo o governo, a lei também ajudará a evitar a propagação de transtornos como a anorexia e a bulimia porque “as tradicionais campanhas comerciais estéticas podem prejudicar o desenvolvimento físico, mental ou moral.”

A nova medida que, chegou ao Parlamento espanhol sob polêmica, livra apenas os alimentos descritos como “baixos em calorias” ou “light”.

Revolta

Mas a lei já provocou protestos de associações de anunciantes, que ameaçam recorrer a tribunais internacionais.

“Essa lei merece repulsa porque o governo abusa do direito de legislar e prejudica a todos, do consumidor à indústria. É excessiva e arbitrária, e vamos apelar à Comissão Européia de Informação”, disse à BBC Brasil a presidente da Associação Espanhola de Anunciantes, Patrícia Abril.

As campanhas publicitárias de produtos de beleza e estética arrecadam mais de 500 milhões de euros por ano na Espanha, segundo dados do Ministério de Indústria.

Em 2009, foram emitidos quase 450 mil anúncios de beleza e higiene nas TVs espanholas, o terceiro setor em volume de investimento e faturamento publicitário.

Só a maior rede de clínicas de cirurgia estética do país, Corporación Dermoestética, anunciou seus serviços durante 4,4 mil minutos em propaganda televisiva no ano passado.

O governo, no entanto, insiste no argumento da defesa dos menores. Por isso a lei de audiovisual restringe ainda os anúncios de cigarros, álcool, pornografia e jogos de azar, além de filmes, séries e propagandas com “violência gratuita”, que só podem aparecer nas telinhas entre as 22:01 e as 5:59.

Apoio

A decisão do Estado tem o apoio de instituições como a Associação de Usuários de Comunicação (AUC) e a Confederação Espanhola de Pais e Mães de Alunos (Ceapa).

“Pode parecer muito restritiva a princípio, mas realmente é uma lei protetora para os menores. De onde saem estes casos chamativos de crianças querendo fazer cirurgias estéticas ou sofrendo com a anorexia, senão do bombardeio publicitário?”, questionou à BBC Brasil o presidente da Ceapa, Pedro Rascón.

Para a presidente da AUC, Esperanza Rodríguez, a lei ajuda a “acabar com a impunidade das emissoras de TV”.

“As televisões sempre fizeram escolhas baseadas em seus interesses sem que ninguém questionasse estas atuações. Já era hora de regulamentar o setor em benefício público”, diz.

Retirado do UOL

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

FHC empata foda

Sabe qual é a única forma da Dilma perder as eleições para presidente deste ano? É tendo FHC como apoiador da campanha. Isso porque simplesmente, metade da população não vota em quem FHC indica ou apoia.

Cadê as vigas?


Estranho, muito estranho. Cadê as vigas que estavam sobre os carros? Quando três das quatro vigas caíram do rodoanel do serra, os jornais publicaram as fotos com as vigas sobre os carros. Mas agora as vigas sumiram. Estranho, muito estranho!

domingo, 3 de janeiro de 2010

Resolução

A minha primeira resolução de ano novo foi ser menos intolerante com as coisas, procurar me estressar menos. Mas as pessoas não ajudam. Já no primeiro dia do ano, entrei em um restaurante japonês com a família. Passaram quase quinze minutos para aparecer o primeiro garçon. Parece que o mesmo estava vindo lá da Ásia. Mas tudo bem. Como estava fazendo um calor quase insuportável, perguntei se o ar condicionado estava ligado. Sim senhor. Respondeu em bom português o garçon japonês. Questionei por que fazia tanto calor. Ele me disse em tom solene que isso se devia ao fato de dois, dos quatro aparelhos refrigeradores estarem quebrados. Respirei fundo. Abrir o cardápio e pedir uma cerveja. A que escolhir não tinha na casa. Respirei de novo. Devia ser um teste para a minha resolução.