sexta-feira, 25 de julho de 2008

Curso Livre Marx e Engels

Marx morreu? Então, viva Marx!!! O primeiro curso Marx e Engels promovido pela Boitempo teve uma procura tão inesperada como alvissareira. Mais de 2.000 (duas mil pessoas) procuraram o curso. Outras tantas (incluindo eu), ficaram com vontade de fazer, mas impedidas pelas condições geográficas (e, financeira, diga-se de passagem).

Há uma imensa luz no fim do túnel e, com certeza, não é a de um grande vaga-lume!!!

Abaixo, informe sobre o próximo curso.

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quinta-feira, 24 de julho de 2008

Luta de classes



A imagem acima é de autoria do cartunista Latuff e gerou a maior polêmica na cidade do Rio de Janeiro.

Latuff também falou sobre as reações:

“O desenho tem a mãe desesperada, berrando. O filho dela, uma criança, com uniforme de escola, baleada, morta. Ela estava indo ou vindo da escola. Provavelmente, como a imagem é de noite, estava voltando da escola. Mas isso não sensibilizou a maioria das pessoas. A reação a este desenho é didática e serve de alerta. Ninguém se comoveu com o assassinato da criança. As pessoas se incomodaram mais com a descrição do policial. Isso porque as instituições da repressão são sacrossantas, não podem ser maculadas. Independentemente de elas já estarem maculadas, comprometidas”.

Para Latuff, isto resulta da velha luta de classes:

“Dizem que caiu o muro, que não tem mais luta de classes... Sinto dizer, mas isso é uma questão de classe. O cara do asfalto não reconhece o da favela como um igual; é o outro, é o favelado. Por isso uma vez um policial me disse: “Quando a gente prende alguém, as pessoas não gritam ‘solta, solta’. Elas gritam ‘mata, mata’”.

“É irônico. Esses jornais não acham a realidade polêmica, mas sim o desenho que a retrata. Para eles, não é a política de segurança que é polêmica, mas o desenho. Para O Globo e a imprensa de modo geral não existe polêmica quando a polícia entra na favela e mata 30. A polêmica é quando vem o desenho. É curioso como uma charge pode ser mais polêmica que a própria realidade... O fato é que aquele desenho não tem ficção. Aquilo não é nenhuma ficção da minha cabeça. Qualquer cidadão do Rio de Janeiro entende aquela imagem. Nem precisava de texto. Ela é quase uma fotografia, uma representação fiel da realidade. E cumpre função inglória: de esfregar a realidade na cara das pessoas”.

Fragmentos retirados do site http://www.fazendomedia.com/diaadia/protoblog.htm

terça-feira, 22 de julho de 2008

Estados Unidos promovem carnificina

Sobreviventes da Guerra da Coréia descrevem carnificina promovida pelos Estados Unidos

Choe Sang-Hun
Na Ilha Wolmi, na Coréia do Sul

Quando as tropas dos Estados Unidos invadiram esta ilha mais de um século atrás, ela estava repleta de trincheiras e ninhos de metralhadora comunistas. Agora a ilha é um parque no qual as crianças brincam e os aposentados caminham ao longo de uma esplanada sombreada pelas árvores.

Do alto de uma colina, do outro lado de um canal estreito, o general Douglas MacArthur, imortalizado em uma estátua de bronze, olha para as praias em Incheon nas quais as suas tropas desembarcaram em setembro de 1950, mudando o curso da Guerra da Coréia e transformando-o em um herói nesta região. No porto abaixo, carros estacionados em filas, reluzindo ao sol, aguardam para serem transportados para todo o mundo - uma demonstração da força econômica da Coréia de Sul e uma indicação de qual lado acabou emergindo vitorioso no conflito que terminou há 55 anos.

Mas no interior de uma tenda velha na entrada do Parque Wolmi, um grupo de sul-coreanos idosos quer revelar ao mundo um aspecto oculto do triunfo militar dos Estados Unidos. Uma história de carnificina incendiária que não é mencionada nos livros oficiais de história da Coréia do Sul.

"Quando o napalm atingiu a nossa vila, muitas pessoas ainda dormiam nas suas casas", conta Lee Beom Ki, 76. "Aqueles que sobreviveram às chamas correram para os baixios na costa. Nós tentávamos mostrar aos pilotos norte-americanos que éramos civis. Mas eles nos bombardearam; mulheres e crianças".

Em 10 de setembro de 1950, cinco dias antes do desembarque das tropas em Incheon, 43 aviões de combate norte-americanos sobrevoaram Wolmi, despejando 93 tanques de napalm para "queimar" as elevações orientais da ilha, segundo documentos das forças armadas dos Estados Unidos que recentemente foram analisados por investigadores do governo sul-coreanos, após a classificação de sigilo dos papéis ter expirado.

Mas Wolmi não foi o único alvo. Em novembro deste ano a Comissão para Reconciliação e Verdade do governo sul-coreano começará a divulgar uma série de relatórios sobre Wolmi e dois outros locais onde, segundo os moradores, uma grande quantidade de civis desarmados foi morta em bombardeios indiscriminados feitos pelos Estados Unidos. Classificando os ataques de violações das convenções internacionais da guerra, a comissão recomendou que o governo negociasse com os Estados Unidos para que as vítimas sejam indenizadas.

O governo não divulgou os seus planos, e a comissão, criada em 2005 para examinar questões pendentes na história sul-coreana, dá continuidade às suas investigações.

Segundo as outras descobertas feitas pela comissão, em 19 de janeiro de 1951 pelo menos 51 moradores, incluindo 16 crianças, foram mortos quando aviões dos Estados Unidos bombardearam com napalm a vila de Sansong, que fica 160 quilômetros ao sudeste de Seul.

Segundo a comissão, um dia depois disso pelo menos 167 moradores, mais da metade mulheres, foram mortos por queimaduras ou asfixia em Tanyang, 35 quilômetros ao norte de Sansong, quando aviões norte-americanos despejaram napalm na entrada de uma caverna cheia de refugiados.

"Não devemos ignorar ou ocultar as mortes de civis desarmados que foram causadas por um bombardeio aéreo sistemático, e não pelos erros de um punhado de soldados", afirma Kim Dong, um membro da comissão. "A História nos ensina que precisamos de uma aliança, mas esta aliança tem que se basear em princípios humanitários".

Sob os primeiros governos da Coréia do Sul, autoritários e ferrenhamente anti-comunistas, criticar as ações dos Estados Unidos na guerra era um tabu. Mas quando o governo criou a comissão para a apuração dos fatos, os cidadãos denunciaram mais de 210 casos de supostos assassinatos em massa promovidos pelas forças norte-americanas, especialmente por meio de bombardeios aéreos. A exigência de reconhecimento do massacre toca em complicadas emoções subjacentes à aliança da Coréia do Sul com os Estados Unidos.

"Nós somos gratos às tropas norte-americanas por terem salvo o nosso país do comunismo e pela paz e a prosperidade que temos hoje em dia", diz Han In Deuk, diretora do grupo de ativistas de Wolmi. "Mas será que isso significa que temos que nos calar a respeito daquilo que aconteceu com as nossas famílias?".

O major Stewart Upton, um porta-voz do Departamento de Defesa em Washington, diz que o Pentágono não fará comentários sobre os relatórios antes que haja uma ação formal por parte do governo sul-coreano.

Os ataques aéreos ocorreram durante uma época de desespero para as forças dos Estados Unidos, e também para os sul-coreanos que aquelas forças vieram defender.

A guerra irrompeu em junho de 1950 com uma invasão comunista a partir do norte. Em setembro, quando as forças armadas norte-americanas planejaram o desembarque em Incheon, para ajudar as forças da Organização das Nações Unidas (ONU) que encontravam-se encurraladas no extremo sudeste da península, decidiu-se que primeiro seria necessário neutralizar Wolmi, que fica no canal que dá acesso ao porto.

"A missão consistia em saturar tão intensamente a área com napalm que todas as instalações no local fossem incineradas", disseram pilotos do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos em um dos seus relatórios sobre a missão em Wolmi obtidos pela comissão junto aos Arquivos e Registros Nacionais do governo dos Estados Unidos.

Eles relataram ainda: "Não vimos nenhum soldado, mas os clarões observados no solo indicaram que o nosso bombardeio foi suficientemente intenso e preciso para destruir qualquer instalação inimiga".

Os relatórios descrevem bombardeios na praia, mas não mencionam baixas civis.

O desembarque em Incheon ajudou as tropas da ONU a recapturar Seul e rechaçar os norte-coreanos. Mas a tendência reverteu-se quando os chineses entraram na guerra.

Em janeiro de 1951, os soldados dos Estados Unidos lutavam contra forças comunistas que movimentavam-se rapidamente na região central da Coréia do Sul, perto de Tanyang e Sansong. Eles também foram atacados por guerrilheiros que eram difíceis de distinguir dos refugiados.

Temendo uma infiltração inimiga, as tropas dos Estados Unidos detiveram as colunas de refugiados que seguiam para o sul pelas estradas e ordenaram a eles que retornassem às suas casas ou ficassem nas montanhas, caso contrário poderiam ser mortos a tiros pelas tropas aliadas. Em 14 de janeiro, a 10ª Corporação, do general Edward Almond, ordenou "a destruição metódica de habitações e outras construções próximas à linha de frente, que são, ou poderiam ser, utilizadas como abrigo pelo inimigo". Na ordem havia a recomendação de que fossem efetuados bombardeios aéreos.

"Excelentes resultados", foi como os pilotos norte-americanos resumiram os bombardeios contra Sansong em 19 de janeiro de 1951.

No entanto, naquele mesmo dia, um dos subordinados de Almond, o general David Barr, da 7ª Divisão de Infantaria, escreveu a Almond afirmando que "incinerar metodicamente agricultores pobres quando não há nenhum inimigo presente é algo que vai contra a mentalidade dos soldados norte-americanos". No dia seguinte, segundo os sobreviventes de Tanyang, a caverna na qual os refugiados buscaram abrigo ressoava com os gritos dos moribundos.

"Quando o napalm atingiu a entrada, a concussão e a fumaça destruíram as lamparinas de querosene ou óleo de castor que havia na caverna. Foi um caos em uma escuridão completa - as pessoas chamavam umas pelas outras aos gritos, pisoteando e sufocando", disse em uma entrevista Eom Han Won, que na época tinha 15 anos. "Alguns disseram que deveríamos rastejar para as profundezas da caverna, cobrindo as faces com um pano molhado. Outros afirmavam que tínhamos que sair correndo da caverna, passando pelas chamas. Os que não foram queimados morreram asfixiados".

De acordo com os sobreviventes, assim como a família de Eom, as pessoas eram em sua maioria refugiados que foram obrigados pelos norte-americanos a retroceder em um bloqueio na estrada ao sul de Tanyang. No dias que antecederam o ataque, a caverna estava cheia de famílias. Quando os aviões dos Estados Unidos surgiram no sudoeste, as crianças brincavam do lado de fora em meio ao gado e às bagagens.

Naquele dia, de acordo com os relatórios de operações da 7ª Divisão, 13 aviões atacaram "tropas inimigas, animais de manada e uma caverna". Segundo o relatório houve "muitas baixas e todos os animais foram mortos".

Eom, que saiu correndo da caverna em meio ao fogo intenso das metralhadoras dos aviões, mas que sobreviveu, disse: "Os norte-americanos nos empurraram para a área inimiga e a seguir nos bombardearam".

Eom perdeu dez familiares na caverna.

Depois que a 2ª Divisão da Coréia do Sul relatou que 34 civis foram mortos e que 72 ficaram feridos em Sansong - sem que houvesse "baixas entre o inimigo" - as forças armadas dos Estados Unidos deram início a uma investigação.

Os investigadores norte-americanos não questionaram o relato dos sul-coreanos, mas concluíram que os bombardeios aéreos foram "plenamente justificados". Eles afirmaram que Sansong era considerada um reduto inimigo e que os seus moradores foram alertados para evacuar o local.

O caso parecia ter sido encerrado até alguns anos atrás, quando, no curso de uma investigação em uma reportagem, os moradores viram os relatórios feitos na época pelas forças armadas dos Estados Unidos, e leram que tinham sido avisados para que evacuassem a vila. Eles insistem - e a comissão concorda - que isso é mentira. Segundo eles, a vila na qual se encontravam as tropas norte-coreanas ficava em outro lugar e jamais foi bombardeada.

Em relação ao ataque contra Wolmi, a comissão anunciou que, embora reconheça que havia a necessidade de um desembarque em Incheon, "não existe nenhuma evidência de esforços para limitar as baixas civis".

Os sobreviventes de Wolmi dizem que as habitações dos oficiais norte-coreanos ficavam a 300 metros da vila. Segundo eles, os pilotos norte-americanos, cujos relatórios de missão atestam que havia "visibilidade ilimitada" e que atacaram em vôos baixos, em algumas ocasiões a apenas 30 metros do solo, não poderiam ter confundido os moradores, incluindo mulheres e crianças, com o inimigo.

Segundo eles, dezenas de moradores foram mortos. O número total de mortos é desconhecido. Os sobreviventes contam que mais tarde as tropas dos Estados Unidos demoliram com tratores a vila incinerada para construir uma base militar.

"Se alguém diz que esses assassinatos não foram deliberados, tendo sido apenas erros, como explicar o fato de que houve uma quantidade tão grande desses incidentes?", questiona Park Myung Lim, um historiador da Universidade Yonsey, em Seul.

As vítimas tiveram a oportunidade de dar vazão à sua mágoa em 2005, quando grupos militantes de esquerda tentaram derrubar a estátua de MacArthur. Mas os sobreviventes de Wolmi contam que não participaram do protesto por temerem ser tachados de anti-americanos.

"Consideramos MacArthur um herói para o nosso país, mas ninguém é capaz de saber o sofrimento enfrentado pelas nossas famílias", diz Chun Ji Eun, um motorista de táxi de Incheon, cujo pai morreu em Wolmi. "Ambos os governos enfatizam a aliança. Mas eles nunca se preocupam com pessoas como nós, que foram sacrificadas em nome desta aliança".

FONTE: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/herald/2008/07/22/ult2680u708.jhtm

sexta-feira, 11 de julho de 2008

MUDANÇA



Querem emudecer a luta pela igualdade
Com a voz da “justiça”
Muito se enganam...
Mal sabem esses senhores – esses, que de tanto pensar em lucro não enxergam a beleza da vida – que buscam a dissolução do insolúvel...
Os caminhos que percorrem não são profícuos
Soterrando a solidariedade, nossa pedagogia e didática
Esquecem, pobres (de tão ricos) senhores
Que é a terra que semeia frutos e flores
E que, quanto mais terra colocarem sobre nós
Mais mudas semearemos
Mudas que não fazem nenhum minuto de silêncio
Que semeiam dança, poemas, cores
E que, cantando,
fazem a mudança no mudo mundo desses senhores.

Isabel Mansur

quarta-feira, 2 de julho de 2008

CONVITE


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terça-feira, 1 de julho de 2008

Dissidentes voltam a conversar com C-13, mas seguem fora de TV

Jorge Corrêa e Thales Calipo
Em São Paulo

Depois de ficar fora das três últimas reuniões do Clube dos 13 - entidade que representa os principais clubes do futebol brasileiro - parte dos times dissidentes participou do encontro acontecido nesta terça-feira no escritório da entidade, na capital paulista. São Paulo e Corinthians foram à reunião, e o Flamengo não enviou representantes.

A pauta da discussão foi novamente os contratos de direito de transmissão das partidas do triênio 2009-2011 do Campeonato Brasileiro. Depois de terem definido os valores de TV aberta, foi a vez dos valores da transmissão em canais por assinatura serem decididos.

Foi acordado o pagamento de R$ 50 milhões por ano pela Globosat para a transmissão dos jogos pelo canal Sportv, além do total de R$ 370 milhões para o Pay-Per-View (R$ 110 milhões em 2009; R$ 125 milhões em 2010; e R$ 135 milhões em 2011). Se a arrecadação for superior, eles vão discutir mais para frente como será feita a divisão.

Mais uma vez, porém, os três clubes dissidentes não assinaram o acordo entre a entidade e a empresa que comprou os direitos. No entanto, eles vêem uma reaproximação das partes. "Nos disseram que alguns dos nossos pedidos foram aceitos e fomos à reunião para conferir", explicou Marcelo Portugal Gouveia, diretor de planejamento do São Paulo.

"Realmente houve algum avanço. No entanto, não assinamos mais uma vez. O São Paulo acompanhou o Corinthians, e vice-versa. Eles sempre quiseram a nossa reaproximação com a entidade. Vejo uma melhora, mas ainda falta muito para aceitarmos os termos colocados", completou o dirigente são-paulino.

Na primeira reunião do ano, a Globo assinou um novo contrato para a aquisição dos direitos de transmissão em TV aberta do triênio pagando R$ 220 milhões por temporada. Os três clubes discordam da forma que o dinheiro será rateado entre os clubes participantes da entidade.

FONTE: http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas/2008/07/01/ult59u162705.jhtm