sexta-feira, 19 de junho de 2009

Um presente para Itabuna...livros!!!

Visitei hoje a nova livraria da Saraiva em Salvador. Esta agora no templo das compras do bairro da barra. Entre livros e revistas, um gole de café aqui e acolá, pensava em como seria bom um espaço tal e qual em cada cidade do Estado da Bahia. Melhor ainda se em cada cidade do nosso imenso país.

Pensando nisso, pensei na minha cidade que prestes a completar cem anos de emancipação, com um povo hospitaleiro, alegre, trabalhador e inteligente, não tem uma livraria de responsa.

Meu pai, sergipano de Santa Luzia, costumava dizer que sergipano burro já nascia morto. Pois é. Itabuna é uma cidade repleta de pessoas inteligentes, não por ter sido uma cidade desbravada pelo sergipano Firmino Alves, mas sim, por ter nas artérias das sua vilas, favelas, vielas, ruas e avenidas que cortam a cidade, pessoas que se ajudam, que lutam por um lugar ao sol sem negar luz para quem quer que seja. Se a cidade hoje estar como estar, triste, depredada, empanturrada de bares e botecos, quase parando, isso não se deve ao seu povo, mas às políticas que historicamente vem sendo implementada por lá.

Em Itabuna não tem uma livraria de respeito, a altura do seu povo!!! Temos um centro de cultura. Um museu. Um cinema, quando antes tínhamos pelo menos três (me lembro do cine itabuna e o cine marabá), mas livraria... nada!!!

Não estou falando das específicas. Tipo evangélicas, espíritas, didáticas. Estas existem. Falo de livrarias cheias de livros diversos, científicos, com pensamento de vanguarda, crônicas da vida real, literaturas vastas.

Nós, cidadãos desta cidade em especial, estamos devendo este presente a Itabuna. Uma livraria com livros a altura do seu povo.

4 comentários:

Anônimo disse...

Você, Welington, não sabe, mas além da honra de ter conhecido seu pai, me orgulho de ter sido sua aluna na minha adolescência. Com o Professor Cardoso aprendi ainda mais a amar os livros, pois durante suas aulas ele gostava de contar "causos" e falava que a leitura nos transporta para lugares que nossos pés nunca alcançarão, nos familiariza com pessoas desconhecidas, nos faz chorar por dramas alheios, nos faz sorrir de vitórias que não conquistamos, nos traz amigos de lugares longínquos, nos faz viver mil vidas em uma única vida, nos faz sonhar de olhos abertos, enfim, nos embriaga de paixão, de emoção... Seu pai, assim como amava os esportes (Cadê os halteres?), amava os livros e como ninguém, sabia compartilhar esses "amores".
Itabuna merece realmente um espaço de "leitura", mas a triste realidade é que chegará aos cem anos sem um lugar que seja o "guardião" de memórias, culturas, histórias, fantasias, caminhos, trajetórias, saberes...

ANÔNIMA

Welington Silva disse...

OLá, anônima.

Fiquei muito feliz pela lembrança do meu pai e curioso pelo fato de vc ter dito que foi minha aluna. De uma forma e da outra, somadas, fique extremamente contente em saber que alguém muito próxima vem acompanhando o blog. Só tenho a agradecer e me somar a vc e a muitos que buscam fazer desta cidade e da região, um lugar para todos e não apenas para alguns.

Anônimo disse...

Rsrsrsrsrsrsr acho que não me expressei bem, mas o que eu quis dizer é que me orgulho de ter sido aluna do seu pai, o Professor Cardoso. Entendeu?

ANÔNIMA

Anônimo disse...

Caro amigo Wellington, sem dúvida nenhuma essa terra está pobre de cultura, a inexistência de uma livraria completa como vc bem disse na sua crônica,se deve a falta de iniciativa. É uma pena, pois um cidade sem cultura é apenas um pedaço de terra que concentra uma população. Abraços