segunda-feira, 9 de novembro de 2009

30 anos da morte de Santos Dias



Em 30 de outubro, completaram-se 30 anos da morte do militante Santo Dias, um dos operários metalúrgicos mais combativos do final da década de 1970. Membro ativo da Pastoral Operária e das Comunidades de Base da Zona Sul de São Paulo, Santo Dias passou a fazer parte da Oposição Sindical Metalúrgica. Por ocasião do assassinato de Jesus, seu companheiro de trabalho morto pelo próprio patrão, tomou a iniciativa do enfrentamento com o assassino, coordenando uma longa greve na empresa Alfa, levando o patrão a juízo. Em 1978, Santo Dias foi escolhido para acompanhar Anízio Batista na “cabeça” da chapa 3, enfrentando o arqui-pelego Joaquinzão e a Ditadura Militar. A Chapa 3 foi vitoriosa mas não pôde assumir porque o então Ministro do Trabalho, Arnaldo Prieto, colocou Joaquinzão novamente como interventor no maior sindicato da América Latina.

No ano seguinte, 1979, Santo Dias foi a grande referência dos metalúrgicos da Zona Sul de São Paulo, durante a preparação de uma greve que durou 10 dias e obteve conquistas importantes, como as comissões de Fábrica em várias empresas. No dia 30 de outubro, segundo dia da paralisação, o militante foi assassinado em frente à fábrica Sylvania, em Santo Amaro. Seu corpo foi velado na Igreja da Consolação, por determinação do Cardeal D. Paulo Evaristo Arns. Seu martírio não foi em vão. Milhares de trabalhadores em todo o Brasil radicalizaram suas lutas em defesa dos interesses da classe trabalhadora.

Fonte: Boletim do Projeto Memória da OSM-SP

2 comentários:

Anônimo disse...

Valeu, Welington, pelo resgate histórico de "heróis" que a história nos negam.
O que você escreveu foi o "detonador" que usei para falar aos meus alunos sobre pessoas que fizeram história e não estão nos livros de História.

Welington disse...

Olá, Anônimo. Obrigado pela visita e pelo apoio. E parabéns pela iniciativa de falar para os seus alunos dos "heróis" que não estão nos livros da história burguesa.