Da Redação*
Em São Paulo
Entre os mais de 5.000 entrevistados pela pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-livro, 45% deles são identificados como não-leitores, que não leram nenhum livro nos últimos três meses. Desse público, 47% é mulher e 53%, homem. A pesquisa teve como universo a população com 5 anos ou mais (estimativa de 172.731.959pessoas), alfabetizadas ou não.
Para o secretário de educação básica do MEC (Ministério da Educação), André Lázaro, o resultado é positivo. "O copo está razoavelmente cheio, mas a nossa sede é muito maior. A fotografia hoje diz que estamos em um bom caminho, mas essas informações nos estimulam a trabalhar mais".
O relatório, segundo a Agência Brasil, aponta que os classificados como não-leitores estão na base da pirâmide social: 28% deles não é alfabetizado e 35% estudou só até a 4ª série do ensino fundamental.
Metade do grupo pertence à classe D e a maioria possui renda familiar de 1 a 2 salários-mínimos. A pesquisa indica ainda que os livros religiosos são os que mais atraem esse público: 4,5 milhões disseram ler a Bíblia.
Entre os motivos para não ler, a falta de tempo aparece como o mais apontado, com 29%. Outros 28% não lêem porque não são alfabetizados e 27% porque não gostam ou não têm interesse. Entre as limitações, 16% afirmaram que possuem um ritmo lento de leitura e outros 7% disseram não compreender a maior parte do que lêem.
O relatório ressalta que a leitura aparece em quinto lugar entre as atividades preferidas dos entrevistados, ficando atrás de ver televisão, ouvir música, ouvir rádio e descansar.
As regiões Norte e Nordeste, que apresentam os menores IDH (Índices de Desenvolvimento Humano) do país, também registraram as menores médias de leitura por habitante/ano: 3,9 e 4,2 respectivamente. A média nacional é de 4,7 livros ano/habitante.
*Com Agência Brasil
FONTE: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2008/05/28/ult105u6551.jhtm
Flamengo e Atlético-MG
Há 3 semanas
Um comentário:
O Brasil e' um aparelho que veio com um manual de instrucao...
Mas nos preferimos nao le-lo.
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