quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Faixa de Pedestre

A prefeitura da cidade do Salvador, após o banho de asfalto que vem realizando, ao menos aqui no bairro de brotas, deve, também, se preocupar com a colocação das faixas para os pedestres, pois estas estão sumindo sob o "novo" asfalto.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

O meu nome é musquito

Se, por algum acaso, os mosquitos da febre amarela resolveram assistir na quinta-feira (24/01) ao filme "Meu nome não é Johnny", na sala 04 do cinema do Shopping Salvador, em breve entrará em cartaz um novo filme, "o meu nome é musquito", estrelado por todos os assistentes do filme, potenciais atores e atrizes amarelados.

No lugar do "beijinho no escurinho do cinema", tivemos foi coça-coça e reclamações. Será que já não basta a quantidade de propaganda que somos obrigados a assistir e os intermináveis trailers antes de iniciar o filme?

E ainda pedem para eu não me stressar. Virei barata?

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Tragédia na Fonte Nova: Bobô e mais quatro são indiciados

Nesta terça-feira, foram anunciados os primeiros desdobramentos na justiça da tragédia ocorrida no Estádio da Fonte Nova em novembro de 2007, quando sete pessoas morreram com o desabamento de parte da arquibancada.

Cinco autoridades foram indiciadas pelos incidentes durante a partida entre Bahia e Vila Nova-GO: o ex-meia e diretor superintendente da Superintendência de Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), Raimundo Nonato Tavares, Bobô; Virgílio Elísio, diretor técnico da CBF; Ednaldo Rodrigues, presidente da Federação Baiana de Futebol; Petrônio Barradas, presidente do Bahia, e o engenheiro da Sudesb, Nilo Santos Júnior.

A medida foi divulgada pela delegada Marilda Marcela da Luz juntamente com a conclusão do inquérito realizado pela Polícia Civil sobre os problemas no principal estádio baiano, que será demolido.

Bobô, Virgilio Elísio, Ednaldo Rodrigues e Petrônio Barradas foram enquadrados como homicídio doloso (com intenção) por não terem evitado o desabamento. A pena é de 12 a 30 anos de prisão, sendo aplicada para cada morte. Portanto, os quatro podem pegar até 210 anos de detenção, caso recebam a pena máxima.

O engenheiro Nilo, por sua vez, está como homicídio culposo (involuntário, de 4 a 12 anos de pena), pois não poderia solicitar a interdição da Fonte Nova, apesar de o inquérito apontar o seu conhecimento sobre a possibilidade da arquibancada ceder.

Apenas um dos que poderiam ser indiciados não foi enquadrada como responsável por homicídio: a juíza da 2ª Vara de Defesa do Consumidor, Lícia Pinto Fragoso, que teve acesso em janeiro de 2006 a um relatório do Ministério Público que reprovava as condições do estádio. De acordo com a delegada Marilda, Lícia foi considerada omissa.

Os processos serão encaminhados ao Tribunal de Justiça nesta quarta-feira. Na esfera esportiva, a Fonte Nova já teve anunciada a sua demolição pelo governo da Bahia, que promete construir no local a Arena Bahia, que se candidata a uma das sedes da Copa do Mundo de 2014.

A tragédia ocorreu em 25 de novembro de 2007 durante a partida entre Bahia e Vila Nova. Sete pessoas morreram e mais de 70 pessoas ficaram feridas com a queda de um degrau do anel superior da Fonte Nova.

Fonte: Gazeta Esportiva

sábado, 19 de janeiro de 2008

Brasileiro crê em corrupção com Copa

Da Máquina do Esporte
São Paulo

Seis anos antes da realização da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, o povo já vive a expectativa de sediar um Mundial. Segundo pesquisa feita pela Ipsos, o público espera melhoras nas condições de vida com o evento, mas vê na iniciativa uma grande chance de aumento da corrupção na classe política.

A aferição buscou a opinião do brasileiro em cinco grandes áreas ligadas à Copa do Mundo. Realizada com mil pessoas de ambos os sexos, de 16 a 56 anos e nas cinco regiões, a coleta de dados mostra opiniões sobre a influência dos investimentos no dia-a-dia, a possibilidade de desvios de verba, a qualidade dos estádios, os grandes candidatos ao título mundial e os jogadores que poderão estar na seleção em 2014.

Na primeira área de pesquisa, o público mostrou esperança de mudanças positivas nas condições de vida com o alto investimento. Para os entrevistados, a área que mais deve sofrer mudanças é a da segurança, citada por 62,3% das pessoas. Logo depois, aparecem empregos (51,1%), transporte (50,5%) e turismo (47,4%).

Apesar da expectativa de mudanças, o brasileiro também mantém, segundo a pesquisa, grande desconfiança em relação à organização do evento. Para a esmagadora maioria dos ouvidos (85,5%), a Copa do Mundo pode servir de agente facilitador para o desvios de verbas de empresas públicas e privadas.

Em relação à esfera desportiva, o estudo mostra a preferência do público pelos estádios de São Paulo e Rio de Janeiro, apontados por 47,2% e 34,3%, respectivamente, como os melhores do país. Mais atrás está o Rio Grande do Sul, com 5,8%. Com a Kyocera Arena (um dos mais aclamados locais de jogo do Brasil) como cartão de visitas, o Paraná vem na quarta colocação, com 5,5% das citações.

Em campo, o público esquece os recentes deslizes da seleção brasileira e aponta a seleção brasileira como principal favorita ao título da competição, tendo sido citada em 93,9% das entrevistas. Mais atrás estão os italianos, atuais campeões mundiais, e os arqui-rivais argentinos (55,6% e 48,2%, respectivamente).

Por último, os entrevistados foram questionados em relação aos atletas que deverão estar em campo pelo Brasil. Kaká e Ronaldinho Gaúcho foram os mais citados (52,3% e 38,30%). Entre as opções oferecidas pela pesquisa, Alexandre Pato levou a melhor sobre Ronaldo e Anderson (19,5% contra 8,8% e 5,3%, respectivamente). Robinho e Rogério Ceni ainda foram citado na opção “outros”.

http://maquinadoesporte.uol.com.br/new/noticias.asp?id=7956
em 19.01.2008

domingo, 13 de janeiro de 2008

DEMOCRACIA E JUSTIÇA SOCIAL, SÓ COM ESCOLA PÚBLICA

Por João Alberto Capiberibe (*)

Elas e eles tinham jogado a toalha depois de uma derrota acachapante, dessas que nós não esquecemos tão cedo. Aconteceu em junho deste ano, no segundo mês da greve dos professores. Reunidas em uma sala, além de mim havia dezesseis pessoas – treze professoras e três professores da rede pública estadual. A discussão girava em torno do desgaste político do governo que não aceitava conversar, muito menos atender às reivindicações salariais da categoria. Eu era o único não professor, limitava-me a ouvir o desfile de argumentos, até que lá pelas tantas me dirigi ao grupo:

- Ouçam! Por favor, ouçam! Posso lhes fazer uma pergunta? – Em uníssono eles me responderam:

- Claro!

- Quem entre vocês tem filhos estudando na escola privada?

Que goleada. Doze a quatro. Apenas quatro resistentes mantinham seus filhos na escola onde atuavam. Senti que, para se contrapor esse resultado desanimador, seria necessário bem mais que retórica política.

Na seqüência da conversa fui informado de que o sindicato exigia 10% de aumento, mas o governo só queria dar 4%. A partir daí entramos em outra linha de reflexão sobre a luta da categoria. Mesmo que a paralisação terminasse em vitória e fossem obtidos os 10% pretendidos, ainda assim o aumento na receita familiar não daria para cobrir uma única mensalidade na escola privada. Considerando ainda que ali a maioria tinha mais de um filho, era fundamental então focar as reivindicações na melhoria da qualidade do ensino para que seus filhos voltassem a estudar na escola pública gratuita.

Essa posição ganhou adesões e análises mais aprofundadas. Uma professora relatou que seus vizinhos são contra a greve porque só se fala em aumento de salários e que a categoria não está nem aí para qualidade do ensino.

- Na hora que colocarmos nossos filhos na escola pública, nós todos vamos travar a luta pela qualidade, aí então, tenho certeza que a comunidade vai estar do nosso lado na luta por melhores salários – concluiu a professora.

É isso mesmo, interveio outra, que acrescentou:

- O professor da escola privada é o mesmo da escola pública, com uma diferença, aqui o governo paga muito, mais muito melhor mesmo!

Finalmente uma voz masculina decidiu quebrar o silêncio, disse ele:

- Se o professor é o mesmo, se o salário do governo é melhor, porque então a qualidade do ensino público é pior? Por que tenho que matricular meu filho em uma escola particular?

É essa a questão que precisamos responder.

Na verdade quem está respondendo com precisão e ousadia a essa pergunta é o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Ele sabe, como eu sei e tantos outros sabem, que o problema da escola pública é político. Por isso, ele está apresentando um projeto de lei que obriga os detentores de mandato popular a matricular seus filhos na rede pública de ensino básico. Nada mais democrático do que o filho do gari estudar na mesma escola do filho do prefeito, do governador ou do senador. Bravo! Esse é o país dos meus sonhos.

Já imagino o protesto dos contrários que alegarão cerceamento do direito de escolha, de falta de liberdade e democracia. Para esses, a solução é pra lá de simples: basta não se candidatarem, ninguém é obrigado. No entanto, uma vez candidato por livre e espontânea vontade, uma vez eleito pela vontade do povo, ele passa então a ocupar espaço público; logo, deve se submeter à obrigatoriedade. Por último, sugiro que a lei passe a valer para os próximos eleitos, nada de mudar as regras na metade do jogo.

Concluo dizendo que isso me parece uma sacada genial desse brasileiro que não desiste nunca da utopia da educação com qualidade e para todos. Vamos que vamos, um dia chegaremos lá.

(*) João Alberto Capiberibe, 60 anos, ex-preso e exilado político, ex-prefeito de Macapá (AP), ex-governador e ex-senador do Amapá, é vice-presidente nacional do PSB.

http://www.fazendomedia.com/novas/educacao20071228.htm

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Anabolizante

Dono de academia é condenado a 5 anos por vender anabolizantes

O juiz da 7ª Vara Federal de Alagoas Frederico Wildson da Silva Dantas condenou Auriberto Teixeira do Nascimento, dono de uma academia de ginástica, a cinco anos de reclusão pelos crimes de contrabando e de posse irregular de munições de uso permitido e de uso restrito.

Ele foi denunciado pelo MPF (Ministério Público Federal) em Alagoas em maio do ano passado pela venda e aplicação em pessoas de medicamentos sem registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), alguns de uso exclusivamente veterinário. A pena será cumprida inicialmente em regime semi-aberto. O réu poderá recorrer a sentença em liberdade.

Teixeira foi preso em flagrante pela PF (Polícia Federal) em janeiro do ano passado. Durante a operação policial, além dos medicamentos ilícitos, foram apreendidos na residência do instrutor diversos cartuchos de munições e arma de fogo de uso permitido – mas sem registro –, além de munições exclusivas das Forças Armadas.

Segundo a denúncia do MPF, inicialmente Auriberto Teixeira havia sido delatado anonimamente à PF como traficante do entorpecente ecstasy. Em vez do entorpecente, os policiais encontraram na casa de Auriberto Teixeira diversos medicamentos de uso proibido, entre eles 79 frascos de Potenay (40 frascos secos, 35 frascos cheios e quatro utilizados parcialmente), 143 seringas descartáveis, 310 agulhas descartáveis, 49 projéteis de calibre 9mm e 24 de calibre 22.

Foram encontradas também três ampolas do medicamento Lipostabil, que é uma substância cuja comercialização é proibida pela Anvisa. Os medicamentos de uso veterinário eram indevidamente utilizados na aplicação em pessoas praticantes de musculação, objetivando o aumento da massa muscular, a exemplo do Potenay Injetável.

Quando foi preso, o instrutor declarou que os medicamentos seriam para uso próprio com o objetivo participar de campeonatos de musculação e que nunca cobrou para aplicar tais medicamentos em outras pessoas.

No interrogatório à Justiça, Teixeira retratou-se e disse que não sabia que os medicamentos não tinham registro da Anvisa e que precisavam de receituário médico. Em relação à agenda apreendida durante a operação polícial, na qual eram listados nomes de “clientes”, medicamentos utilizados e respectivo preço cobrado pelos mesmos, o instrutor afirmou que se tratava de “meros orçamentos colhidos em farmácias”.

Na sentença de condenação, o juiz federal afirmou que o fato de o réu possuir os produtos, as substâncias, a arma de fogo e a munição é inegável e não considerou convincente a alegação do réu de que comprava e depositava as substâncias apenas para garantir o seu suprimento pessoal quando houvesse necessidade, pois “a quantidade apreendida denota claramente a estocagem e a comercialização, sendo inconcebível que o réu necessite apenas para uso pessoal de mais de 140 seringas e 310 agulhas descartáveis, e mais de cem frascos e ampolas de diversas substâncias medicamentosas de uso humano e veterinário”.

Quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

http://ultimainstancia.uol.com.br/noticia/46258.shtml

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Ano novo, velhos problemas!!!

Olá, pessoal.

Ano novo, velhos problemas! É isso que parecem indicar os noticiários, que entremeados de momentos da festa de virada de ano em diferentes lugares no Brasil e no mundo, situam as notícias costumeiras de violência, "balas perdidas", atentado terrorista, corrupção, etc, etc, como a querer nos lembrar de que o momento de festa já passou e que aqueles sonhos vendidos durante as últimas semanas não passaram disso...sonhos!!!

Evitei desejar para vocês que frequentam o Movimento do Real votos de feliz natal e de ano novo, por sentir um vazio muito grande nessas palavras que de tão usadas, estão gastas de sentidos e de significados reais.

Não estou recriminando ninguém que ainda faça uso dessas palavras e que com certeza as fazem com desejos sinceros de que tudo realmente dê certo para todos. Até as invejo. Mas olhando a realidade com a emoção do momento e com a contradição do mesmo durante os meus poucos anos de existência consciente, não posso deixar de refletir sobre o significado do ano novo que descobrir, junto com o poeta, que ele reside dentro de nós desde sempre.

Não basta desejar um feliz ano novo, com muita paz e com muito amor. Temos de agir para que esses desejos se materializem ao ponto de não precisarmos mais de tempo específico para desejarmos coisas boas ao próximo.

Deixo com vocês, como mensagem de ano novo, a escrita do poeta Drummond, e junto com ela, um muito obrigado pela companhia em 2007.

******************************************************

Receita de ano novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)


Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.


Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.