sexta-feira, 3 de abril de 2009

Ideologia, dialética e conhecimento

AOS MEUS IRMÃOS GRAPIÚNAS, QUE EM FUNÇÃO DA SANHA DO CAPITAL, VIVEM HOJE UMA TRAGÉDA ANUNCIADA JUNTO COM OUTROS IRMÃOS DO INTERIOR DA BAHIA, DEDICO ESTE TEXTO. ELE GUARDA A CERTEZA DE QUE A MUDANÇA EFETIVA NOS RUMOS POLÍTICOS/SOCIAIS/ECONÔMICOS DE ITABUNA E TODAS AS CIDADES, SÓ SE EFETIVARÁ COM A TOMADA DOS RUMOS DA CIDADE NAS MÃOS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS. SITUA A IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO DO CONHECIMENTO DIALÉTICO COMO PARTE DA ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO DA CIDADE E DE SEUS CIDADÃOS E COLOCA COMO HORIZONTE HISTÓRICO, O PROJETO SOCIALISTA DE SOCIEDADE.

A palavra IDEOLOGIA, que até 1845 significava nada mais, nada menos do que estudo das ideias (ou algo próximo disso),foi cunhada no início do século XIX (1808/1811) pelo cientista de nome Destutt de Tracy que pretendia pensar novas formulações no âmbito das ciências sociais e então invoca a palavra ideologia. Seus discípulos brigam com o Napoleão Bonaparte e este os chama de forma pejorativa de IDEÓLOGOS.

Daí em diante, o termo assume uma conotação política na Europa Ocidental até os anos 40 do século XIX, quando Marx e Engels o toma e incorpora no mesmo uma nova carga semântica. Se antes o a palavra ideologia representava sujeitos que andam com os pés nas nuvens, com ideias que nada tem a ver com a realidade, ela vai assumir em 1845 um status de conceito que expressa a idéia de falsa consciência.

A ideologia seria aquela ideia que inverte a realidade por desconhecer os condicionantes históricos desta realidade. Ao desconhecer esses condicionantes o sujeito expressa a realidade de forma invertida, unilateral, parcial.

Para que isso não ocorra com as nossa representações ideais, ou seja, para que o nosso pensamento reflita verdadeiramente o real, traga a tona a verdade dos fatos (a verdade, para o materialismo histórico e dialético é HISTÓRICA. Não estamos falando aqui de uma VERDADE ABSOLUTA, mas de uma verdade condicionada sócio-historicamente.) é necessário que nós, seres humanos, desenvolvamos o pensamento dialético. Este é o único capaz de extrair "a verdade" na dinâmica complexa e contraditória do real.

Esse tipo de pensamento permite que se desenvolva uma capacidade analítica tão plena nos humanos, que estes podem, sem recurso a bola de cristal, compreender os aspectos sociais, políticos, econômicos entre outros, demonstrando inclusive o caráter supra-históricos dos elementos observados, pois é capaz também de compreender as regularidades dos fenômenos sociais possibilitanto, inclusive, anteceder acontecimentos antes mesmo que este se realize.

Como Marx não só desenvolveu esse tipo de pensamento como, também (e obviamente) o utilizou, ele foi capaz de fazer constatações que embora escritas na metade do século XIX, explicita caracterísicas presentes no século XXI, demonstrando, com isso, a pertinência do seu método de análise que não só devemos como podemos aprender para apreender o movimento do real.

A citação abaixo expressa muito bem o que estou querendo dizer. Vejamos.

"Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que se torne insuportável. O débito não pago levará os bancos à falência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado."

Essa reflexão está contida na obra máxima de Marx, O Capital, e foi desenvolvida no ano de 1867. Ela expressa ou não o que ocorre na chamada crise econômica atual que nada mais é do que a crise do sistema capitalista de produzir a vida? (ou seria melhor dizer... a morte?).

Infelizmente, no desenvolvimento histórico da nossa humanidade, pouco tem sido feito para que esse tipo de pensamento seja desenvolvido. Aliás, uma das premissas fundamentais para que isso ocorra, é a construção de um outro mundo, um projeto histórico alternativo ao capital: o socialismo.

Talvez por isso, e por tudo o que defende o programa socialista, os capitalistas de plantão procurem encher nossas cabeças de coisas vazias, com apoio massivo da mídia monopolísta, obliterando o desenvolvimento do nosso pensamento dialético, impossibilitanto aos cidadãos e cidadãs a constatação de discursos parciais, falseadores da realidade e que impede o reconhecimento de que a história é feita pela ação de HOMENS e MULHERES e que o produto desta história deve ser socializado e não privatizado pelo capital.

Disso se nutre a politicagem e os políticos profissionais.

O desenvolvimento das forças produtivas hoje chegou em um patamar capaz de fazer com que a humanidade viva uma vida verdadeiramente humana, plena de sentidos e significados, sem fome, sem miséria, sem morte por dengue nem por outra causa além das naturais e irreversíveis. Mas o que verificamos? Todos esses elementos se multiplicando e outros novos aparecendo.

Tudo isso nos faz constatar a falência desse sistema e de todas as formas de sociabilidade gestada por ele. Tudo isso nos obriga a não esconder a verdade, para que não sejamos reconhecido pela história como criminosos nos termos de Brecht, que nos ensina que "aquele que desconhece a verdade é simplesmente um ignorante, mas aquele que a conhece e a chama de mentira é um criminoso.”

Falsear a realidade é um crime. Escondê-la, um genocídio. Precisamos de forma organizada, metódica, criar instrumentos de leitura da realidade para que possamos agir tendo em vista o desenvolvimento de um outro projeto histórico. Não podemos ser indiferente ao que está acontecendo na região e em especial em Itabuna.

O pensamento dialético nos ensina que é partindo de situações concretas, reais, que devemos buscar soluções superadoras para os problemas que nos aflingem. E este problema da dengue exige imediata apuração dos fatos sobre o descaso da saúde pública em Itabuna e região, o indiciamento dos responsáveis pela situação e a prisão de todos aqueles, secretários e prefeitos que não utlizaram o dinheiro público em favor do público, se assim ficar comprovado.

A sociedade civil organizada, o povo de uma forma geral precisa ocupar as ruas. Aproveitar e fazer uma avaliação dos rumos das políticas públicas não só de saúde, criar instrumentos de avaliação das ações dos poderes públicos como, por exemplo, os diferentes observatórios (observatório da mídia, observatório da cidadania, observatório da imprensa, entre outros) e solicitar o impeachment do atual prefeito.

Só assim desconstruiremos a ideologia fernandista, desenvolveremos o pensamento dialético e, na prática, conheceremos o que é fazer política de verdade.

13 comentários:

Sílvio Nascimento disse...

Excelente artigo,uma radiografia precisa e contundente. Merecedor de uma publicação em algum jornal local. Resta-nos saber qual dos jornais locais teria a coragem de publicá-lo.

Mírian disse...

Em todo processo que se constrói, seja de qualquer natureza, o princípio é sempre o caos.Depois deste caos, a "poeira" se assenta como sucessão natural, contínua e racional dos fatos.

Esse tempo de assentamento, não pertence a nenhum dos humanos, mesmo que ele faça parte diretamente da construção da mudança. Tomar atitudes radicais queimando etapas, antes da formação natural de acontecimento de cada uma, o rumo a ser tomado, pode não ser o desejado. Por isto, o tempo é o melhor remédio...

Anônimo disse...

Pergunto: para quem o tempo é o melhor remédio? Com certeza não é para as vítimas fatais da dengue, ou melhor, vítimas fatais do descaso da saúde pública. Essas, infelizmente, não têm mais tempo. Mas, nós, itabunenses "vivos", ainda temos tempo de tomar a história em nossas mãos e lutarmos por justiça,ou seja, devemos exigir que os culpados pela situação doentia que se encontra a saúde de Itabuna sejam severamente punidos.
E faço questão de ressaltar que radicalismo é ser refém de um mosquito que é fruto do desvio do dinheiro público. Radicalismo é o capitalismo nojento que nos leva para a morte prematura. Radicalismo é a politicagem que ceifa vidas de crianças. Radicalismo é falsear a realidade e esconder que o verdadeiro assassino não é o mosquito Aedes Aegypti ...
Anônima

Welington disse...

Mírian, Geraldo Vandré nos ensina que "Quem sabe faz a hora, não espera acontecer". Em sua música "Pra não dizer que não falei das flores", ele pega um ser natural (FLOR) para falar do ser social (HUMANOS).Os seres naturais seguem uma ordem que só pode ser modificada pela ação humana. Se o ser humano não intervir, as formas de produção e reprodução da vida dos seres naturais serão sempre as mesmas em qualquer tempo histórico. Com os seres humanos, não é assim. Todo caos é morte e vida, dialeticamente posto. Na natureza o caos é a morte da semente e o brotar de uma nova flor, árvore, etc. No ser social, é a capacidade de repensar a vida e os processos que a torna tão "caótica", desumana, miserável. Deixar para O TEMPO a resolução dos problemas sociais como os que estão acontecendo em Itabuna e região, como vc propõe, é abdicar da capacidade que nos faz diferentes dos seres naturais: a de teleologicamente, de forma planejada, definirmos os preceitos orientadores, sempre abertos a novas reflexões e redefinições, das nossas ações no presente concreto, projetando o futuro possível. Na ditadura militar, um economista uma vez pediu, para o povo, TEMPO. Dizia ele que com o TEMPO, a economia faria o BOLO crescer e depois este bolo seria repartido para toda a sociedade. Nós, resignadamente, demos TEMPO AO TEMPO. O que ocorreu? O bolo cresceu, foi dividido entre eles e nós ficamos com TEMPO de sobra vendo a banda passar. Esse é apenas um exemplo. Tenho vários para desconstruir a sua racionalidade pós-moderna, abstrata e falseadora. A história, Mírian, já deu razão de sobra para não acreditarmos que ela se move sozinha. O TEMPO histórico, nós é que fazemos, e ele chegou. Partindo de situações concretas, precisamos pensar formas concretas de combater o bom combate. Se eles agora nos pedem para que todos nós nos juntemos no combate a dengue, nos responsabilizando pelas suas ações corruptas, que subtraíram os TEMPOS de vida de inocentes, façamos isso e muito mais. Nos juntemos, nos organizemos, tomemos o TEMPO em nossas mãos e mostremos para eles, na prática, a lição que Geraldo Vandré nos ensinou pois, como disse um dia um outro poeta, O TEMPO NÃO PÁRA!!!

Hélio disse...

Meu Deus!!! Essa Míriam deve acreditar em duende. Acorda, mulher!!!

Sérgio Figueroa disse...

Quero fazer coro com Silvio Nascimento. O texto de Welington é muito bom mesmo e deveria ser publicado em um jornal da região. Gostei principalmente do texto por ele colocar a questão do conhecimento como um elemento possível de mudança da realidade. Eu, como professor que sou, acredito muito nisso. Valeu Welington, parabéns!!!

Anônimo disse...

Acho que nenhum jornal vai publicar o artigo de Welington. Ou será que vai? Se isso acontecesse, passaria a acreditar em Papai Noel e Duendes. O engraçado é que o comentário de Welington foi tb "supimpa". Bem, eu encaminhei o artigo para todos os meus contatos ( a maioria de Itabuna ) e pedi a leitura do início ao fim do mesmo. Agora, resta a mobilização para o bom combate...
ANÔNIMA

Mirela disse...

Olá, pessoal.

Acho que o mínimo que temos que fazer é o que fez ANÔNIMA. Divulgar na nossa lista de emails o material de Welington, pedindo inclusive que leiam os comentários. Quanto aos comentários de Mírian, respeito. Mas que é comodista... meu Deus, isso é!!! E quase minha xará...vixe!!!

Heitor disse...

Fico angustiado quando vejo comentários desse tipo que fez a Mírian. Mas como esse espaço é aberto, todos podem fazer o comentário que quiser e bem entender, sabendo que nem todos concordarão ou discordarão. Até agora, vejo que todos discordaram do comentário da mesma. Talvez isso seja um bom presságio, prenúncio de um novo tempo. Quem sabe se ela mesma não repensou o próprio pensar?

Anônimo disse...

Mirela, vc apareceu? Que bom! Leia o artigo: "Brasil: o país de um futuro que nunca chega" , pois fiz um comentário sobre sua pessoa.
Eu acho que todas e todos que participam do blog devem ter maturidade suficiente para aceitarem as opiniões divergentes, afinal, estamos debatendo idéias. Eu já tive meus embates com Welington e mesmo perdendo em todos, reconheço que cresci como profissional e como ser humano. Welington tem a capacidade ímpar de nos fazer refletir e até mesmo de modificar nossas posições sobre determinadas questões... aliás, não somente ele, mas outros companheiros e companheiras de blog... Tenho aprendido com vocês... e muito.
ANÔNIMA

Mírian disse...

Sr. Welington, Anônima (eu seu quem é), Helio, Mirela, Heitor e outros tantos que possam aparecer, inclusive os contatos da Anônima que farei receber esse recado:

Vou ser mais direta pra me fazer entender:
Quando falei de:
*** "caos" significa: dengue em Itabuna sem que o povo AINDA se conscientize que ele próprio é o causador e depois sem o controle dos órgãos públicos, até a situação de emergência.
*** "tempo de assentamento": verificação dos fatos e tomada de atitudes e posições.
*** "Esse tempo de assentamento, não pertence a nenhum dos humanos, mesmo que ele faça parte diretamente da construção da mudança.": depois de instalado o caos (dengue), o assentamento da poeira (tomada de posição demorada), fica impossível voltar à normalidade de uma hora para outra, sem contar com o TEMPO, mesmo que as pessoas tenham construído a mudança de pensamento (tardia) do fato e tomado atitudes.
O mosquito não vai embora ou morre de repente só porque queremos: precisa TEMPO, queira ou não, mesmo no combate, mesmo com atitudes. Colocar pessoas para fora, querendo culpá-las pelo incidente não vai resolver o problema, pois tudo começou há muito tempo, com os moradores que não cuidaram, na fase de prevenção, que deve ser continuada, sistemática dentro de uma comunidade. Quando a Anônima diz que: "devemos exigir que os culpados pela situação doentia que se encontra a saúde de Itabuna sejam severamente punidos" está falando de TODA população que não fez a sua parte. Começa por aí. Construção de mudança se faz da base e não dos erros de meio de caminho.Você tem vizinho com tanque descoberto, Anônima!!Ainda hoje!! Resolver o problema é encontrar meios de como entrar em casas com entulhos no quintal, denunciados por fotos e vizinhos, onde colocam um facão em seu nariz e dizem que não vamos entrar como aconteceu comigo nas andanças de minhas horas de almoço. Resolver o problema é ajudar os atingidos quando os enfermeiros estão dormindo em pé pelos exaustivos plantões, mesmo que seja acomodando pessoas, limpando um chão, fazendo assepsia dos locais e utensílios, auxiliando naquilo que sabemos fazer nessa hora tão crítica.
Fica claro que em nenhum momento eu citei ou propus: "Deixar para O TEMPO a resolução dos problemas sociais como os que estão acontecendo em Itabuna e região". Seria leviana e infantil em meus pensamentos. Deixo claro que ESTA É UMA CITAÇÃO SUA.
Esse perfil que me dedicou "Tenho vários para desconstruir a sua racionalidade pós-moderna, abstrata e falseadora" é fora de propósito, irracional, ditador, uma vez que não me conhece. Entre muitos fatos relevantes, deixei minha terra para dar meu sangue pela sua, em todos os sentidos, principalmente na Educação e o faço com amor.Quem me conhece sabe, não me joga no fogo. Esta é a base que ainda falta na cidade e cidadãos que adotei. Por causa da falta de educação é que Itabuna está nesse caos, onde sobram línguas e devaneios e ainda faltam braços para atitudes, precisando buscar fora para ajudar naquilo que não estão fazendo ainda hoje, verificado por mim mesma, todos os dias nos locais onde há maior incidência da dengue: o dever de casa do básico que é higiene... quem sabe faz a hora não espera acontecer, é verdade. E esperaram acontecer... Conte comigo quanto TEMPO estamos nessa luta e veja que nada o acelerou.
Sei que isto ainda vai gerar mais conversas, mas fiz questão de vir aqui para apenas explicar, nada mais.. Não sou de discursos mirabolantes, palavras de ordem, partidos radicais, passeatas, loucuras partidárias, acusações falsas e nem de querer aparecer. Sou de ação, amigos, muito trabalho, oração, anonimato, participação, alegria.
Somos poucos para cuidar de ações práticas e acabaram de me ligar agora a noite para ajudar em hidratação. Quer vir comigo? Só acredito em mudanças assim, sem radicalismo, mas com afinco, sem esperar nada em troca ... E que o tempo é o melhor remédio...

Anônimo disse...

Dandara disse:
A srª Mírian age como se tivese feito um favor ao povo de Itabuna por está morando aqui, demosntrando arrogância. Deduzo que não é baiana. Pensa que os nordestinos são pobres coitados que precisam do sudeste/sul para sobreviverem. Em nenhum momento ela acusou os políticos corruptos da cidade, mas acusou duramente o povo pelo caos que se encontra a saúde grapiunense. Diz que é por falta de educação que a cidade se encontra assim. O desvio de milhões não contribuiu em nada para a situaçõa dolorosa que estamos vivendo??????????????????????? Eu comprei com meu dinheiro luvas e sacos plásticos e fui fazer FAXINAÇO nos bairros periféricos de Itabuna. O grupo da qual participo foi muito bem recebido pelos moradores, mas encontramos tanque e mais tanques sem tampa. Sabem por quê? Por que eles não têm condicões de comprar tampas,porém, o poder público tem. É muito fácil falar em higiene quando se tem água encanada em casa. Toda a população de Itabuna não fez sua parte. E os órgãos públicos, fizeram???????????????????? Resolver os problemas com medidas paliativas, até quando???????
Sou de palavras de ordem, de fazer passeatas e caminhadas, de acusar as loucuras partidárias, mas também sou de meter a mão no lixo e agir,entretanto, luto também para tirar o lixo político que maltrata tanto a minha cidade. Cidade hospitaleira, que acolhe todos, até mesmo aqueles que pensam que o tempo é o melhor remédio, não entendendo que não temos mais tempo, pois pessoas estão morrendo, inclusive as que são hidratadas. Itabuna NÃO TEM TEMPO. ITABUNA NÃO PODE ESPERAR A POEIRA ASSENTAR.

Mírian disse...

Construam meu perfil como estão os pensamentos e com tempo para "achar" "pensar" e "deduzir", se acirrar ânimos faz bem a alguém. Briga particular, tô fora!!A conversa é sobre dengue e seu entorno.
Está em um blog a resposta de um cidadão:"O nosso povo tem pré-disposição para a sujeira. Infelizmente eu também faço parte desse povo, embora não tenho o péssimo hábito de contribuir com a sujeira. Constantemente vejo pessoas de todas as classes lançando coisas pelas ruas (desde copos plásticos, sacolas, papéis e uma variedade de lixos). E numa total falta de educação e de higiene, de dentro dos próprios veículos jogam lixo nas ruas. Tenho que ouvir calado alguns comentários de quem vem de outras cidades nos visitar. São aquelas perguntas que não agradam a ninguém ter que respondê-las - que mau cheiro é esse? - Que cidade suja é essa?. É ouvir e ouvir quieto... Entra prefeito, sai prefeito... E continuamos sendo uma cidade suja e isso a torna também feia. O lixo e o mau cheiro estão por toda parte. Quero apelar aos conterrâneos: tenham educação e sejam higiênicos. Isso não tem contra indicação. Aliás, é totalmente indicado para o resgate da qualidade de vida. Ultimamente Itabuna está sendo muito conhecida no Brasil, pena que o motivo não seja bom." Eu pergunto: está mentindo ou exagerando? Tenho certeza que pelo depoimento, já deve ter mudado de atitude, como eu aprendi com ele também. Um testemunho arrasta.
Não me interessa aparecer, apenas trabalhar e construir em silêncio, onde quer que eu esteja, porque acredito na missão que cada um tem que cumprir enquanto estiver vivo. Tenho plena convicção que não somos perfeitos e jamais cobraria perfeição de ninguém, muito menos digo que o sou, mas faço por melhorar. As ações que fazemos não são arrogâncias e isto me basta. Ou seria arrogância apenas para o que falei e não é para quem compra "com meu dinheiro luvas e sacos plásticos e fui fazer FAXINAÇO nos bairros periféricos de Itabuna"? Pra mim, são ações que TODOS deveriam estar fazendo e assim, e só assim, a dengue já teria acabado.Ou melhor, nem teria começado!! Era de se esperar mais conjuntos de ações para o enfrentamento da dengue, pois de cada 100 casas, 17 tem ainda o foco do mosquito...cadê?? Braços cruzados esperando cair dos órgãos públicos como efeito mágico?? E o Tempo não conta???
Desvio de milhões incide fortemente em melhoramentos da cidade no geral e influi em parte no trabalho de base que é higiene, ensinada, repito ensinada, em casa e nas escolas. Higiene não depende de água encanada e sim de Educação.
Pobre não é sinônimo de sujo, por favor!!
Dizer ou pensar que os poderes públicos não têm culpa seria uma insana leviandade.
Tanques sem tampa, existem telas adquiridas para distribuição de graça: falta informação e sobra conversa.
Desde quando aconteceu a epidemia até agora, o Tempo tem sido o autor das coisas. Não apareceu nenhum deus para estalar os dedos e acabar a dengue instantaneamente e nem o Deus criador de todas as coisas vai fazer isto...
Peço educadamente atenção ao que escrevi acima sobre assentar a poeira...repetir se torna cansativo e desnecessário...